Alok, que já enfrentou crises de depressão no passado, chamou atenção para a doença mais uma vez. No sofá do programa “Encontro”, desta quinta-feira, 26, o DJ ouvia uma participante da plateia falar sobre o filho que sofre de depressão e pediu para falar com a mulher.
Com uma abordagem muito delicada, o músico disse para ela não se sentir culpada e contou a sua experiência com a doença. “Quando eu tinha doze anos e falava de depressão, ninguém entendia. Era uma coisa muito recente, as pessoas achavam que era uma posição de vítima”, disse o músico. “É como se eu tentasse explicar qual é o gosto do amargo, sendo que a pessoa nunca provou o amargo. É algo que só quem passa, sente. O primeiro ponto da depressão é reconhecer que você tem”, afirmou.
Ele também buscou fazer com que as pessoas entendessem a gravidade da doença e a importância de buscar tratamento. “Eu também queria dizer para o seu filho que tem cura, que vai passar, mas ele precisa entender porque ele está com depressão. Ele tem vários pontos, gatilhos, mas ele não pode simplesmente ficar inibindo esses pontos, tomando medicamento, por mais que seja bom. Ele tem que ir em busca do problema mais profundo, e tentar solucionar”, afirmou.
Alok ainda demonstrou entender a situação da mãe do menino e relatou como sua família reagiu quando ele enfrentava a doença. “Quanto a você, você não precisa sentir esse peso. A minha mãe ficou muito, muito triste, minha família inteira. Mas eu sei que não tinha nada que eles pudessem fazer naquele momento que pudesse me ajudar. Era algo que tinha que vir de dentro para fora”, lembrou o músico.
Depressão
A depressão trata-se de uma doença psiquiátrica de caráter crônico e com crises recorrentes, que exige tratamento. Entre os sintomas da doença, destacam-se: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa.
O diagnóstico é clínico, feito pelo médico após coleta completa da história do paciente e realização de um exame do estado mental. Não existe exames laboratoriais específicos para diagnosticar depressão.
De acordo com o Ministério da Saúde, a época comum do aparecimento da doença é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens.
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