A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado informando que passará a monitorar casos de saúde relacionados ao uso de cigarros eletrônicos no Brasil. A preocupação veio após o surgimento de uma doença pulmonar grave nos Estados Unidos, que tem sido atribuída a esse tipo de cigarro. Casos de morte também teriam ligação com o dispositivo chamado”vape”.
Diante dessa preocupação, a Anvisa solicitou a hospitais e profissionais de saúde que informem sobre quaisquer problemas relacionados ao uso de cigarros eletrônicos. O CMF – Conselho Federal de Medicina – também recebeu orientações para que os médicos estejam atentos a possíveis suspeitas.
De acordo com a agência , os dispositivos a serem monitorados incluem “cigarros eletrônicos, os vaporizadores e os cigarros de tabaco aquecido, dentre outros dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs)”. A ideia, segundo a Anvisa, é reunir informações para antecipar e prevenir uma crise de saúde como a que tem sido noticiada nos EUA.
Como funcionam os cigarros eletrônicos
Enquanto o cigarros comuns funcionam por combustão, os dispositivos eletrônicos em formato de caneta utilizam bateria para aquecer um líquido formado pela mistura de diversas substâncias prejudiciais, como o propileno, glicol e glicerol – além da nicotina líquida. Essas pequenas partículas, quando inaladas pelos usuários, chegam aos pulmões, de acordo com explicação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Embora o uso do cigarro eletrônico não seja proibido no Brasil, sua comercialização e propaganda são, de acordo com uma resolução da Anvisa. A proibição considera a falta de evidências científicas sobre a segurança desse tipo de produto.
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