Aprenda os primeiros sinais da doença que matou Jorge Fernando - Ecoo

Aprenda os primeiros sinais da doença que matou Jorge Fernando

O diretor e ator Jorge Fernando, da TV Globo, morreu na noite deste domingo, 27, no hospital Copa Star, no Rio, vítima de um aneurisma dissecante da aorta completa.

Ele estava internado desde à tarde após passar mal. Jorge Fernando se recuperava das sequelas de um acidente vascular cerebral sofrido em janeiro de 2017.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, ocorre quando existe um entupimento ou rompimento de uma veia ou artéria dentro da cabeça, dificultando a passagem do sangue para o cérebro e provocando a paralisa cerebral.

Crédito: Divulgação/TV GloboDesde 2017 Jorge Fernando enfrentava complicações pelas sequelas de um AVC

De acordo com o Ministério da Saúde a doença é o motivo mais comum de morte na população adulta no Brasil, ficando na 4ª posição no ranking da taxa de mortalidade entre os países latino-americanos e o Caribe e a estimativa é que em 2018 a incidência seja de 18 milhões de caso em todo o mundo.

Vale citar que existem dois tipos de AVC: o isquêmico, quando ocorre esse entupimento nas veias; e o hemorrágico, quando a veia estoura e o sangue se espalha pelo cérebro. As causas do hemorrágico podem ser a pressão alta constante, situação que a veia não aguenta e estoura, ou devido ao quadro de aneurisma, onde a parede do vaso está mais fragilizada, ficando fácil de se romper e estourar.

Atendimento rápido é essencial

Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado.

Porém, o neurologista da Cia. da Consulta, Moises Antônio de Oliveira, afirma que é importante saber que o AVC tem tratamento. “A partir do momento em que o paciente apresenta os primeiros sintomas, procure imediatamente o pronto socorro mais próximo. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de tratamento”, alerta. “Qualquer dificuldade de mexer um lado do corpo, ou ter a fala dificultada e a boca torta, é um motivo para ficar alerta, pois é possível reverter o quadro e evitar sequelas que podem gerar danos incuráveis”, acrescenta.

Entre os principais sintomas estão a dificuldade de locomoção, principalmente de um lado do corpo, como por exemplo um braço e uma perna fraca ao mesmo tempo, a dificuldade para conseguir falar e a boca torta.  Também existem sinais menos comuns como uma tontura que começa sem motivos aparentes, vômitos e dores de cabeça.

Fique atento aos sintomas:

Na visão perda temporária da visão em um dos olhos, visão embaçada ou dupla visão;

No corpo tontura, formigamento, dormência no rosto, fraqueza muscular, dificuldade para caminhar paralisia com músculos fracos, paralisia de um lado do corpo;

Na fala: Perda ou dificuldade de fala; Incapacidade de falar ou entender o próprio idioma;

Fatores de risco

Segundo o neurologista, o tabagismo e a diabetes fazem parte dos fatores de risco, mas que grande parte da sociedade não sabe que está atrelado ao AVC.

Além disso, o entupimento das veias pode ocorrer de várias formas: o paciente pode ter um problema como colesterol ou pressão alta, por exemplo, o que pode levar à formação mais fácil de placas de colesterol dentro das veias e artérias da cabeça favorecendo seu entupimento; pode apresentar uma arritmia no coração, formando coágulos que podem subir para a cabeça por conta do fluxo do sangue, entupindo uma veia ou artéria; ou pode ter uma placa de gordura na região do pescoço, que dependendo do seu tamanho pode soltar um pedaço o qual pode subir pela corrente sanguínea e entupir uma veia do cérebro.

Para diminuir os fatores de riscos, o paciente deve cuidar do colesterol, controlar o peso e a pressão arterial, não fumar e não usar drogas. O objetivo da campanha de Combate ao Acidente Vascular Cerebral é mostrar para as pessoas os fatores de risco de um derrame e sobretudo alertar sobre a agilidade nos primeiros atendimentos pós derrame.

“É necessário garantir que o tecido do cérebro fique o mínimo possível com essa veia entupida e sem oxigênio, pois ao garantir a volta da circulação do cérebro, sabemos que o paciente pode se recuperar. O tecido cerebral pode ficar sem o oxigênio por 4 horas em média, tempo que o médico tem para tentar salvar o paciente”, ressalta Moises.



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