Fim dos testes inclui a China, onde os procedimentos eram exigidos por lei. No Brasil, os testes j no ocorriam h 30 anos
A empresa de cosmticos Avon anunciou nesta quarta-feira, 18, que vai parar de testar produtos em animais.
Em nota, o presidente Jos Vicente Marino afirmou que “no acreditamos que os testes em animais sejam necessrios para garantir a segurana de um produto”.
A nova diretriz vale inclusive para a China, onde leis locais exigem que os testes sejam feitos em algumas frmulas para garantir a segurana do produto. Para continuar atuando legalmente no mercado chins, a Avon informou em nota que “far algumas reformulaes nas linhas de produtos e abertura de novos canais de e-commerce que no exijam o cumprimento dos requisitos legais do pas para testes em animais”.
No Brasil, os testes em animais j no aconteciam h 30 anos, quando a Avon iniciou um movimento para reduzir os procedimentos. A empresa afirma que tem parceria com organizaes como Cincias In Vitro, FRAME e a Humane Society International.
Em uma pgina dedicada a “bem-estar dos animais” em seu site, a Avon afirma ainda que, agora que acabou com os testes em animais em todas as marcas e em todos os pases em que opera, buscar novas certificaes de cruelty-free, isto , que ela no testa em animais.
Esses projetos j vinham acontecendo antes que a Avon fosse adquirida neste ano pela Natura, companhia brasileira de cosmticos conhecida por suas polticas mais sustentveis.
A fuso da Avon com a companhia americana, anunciada em maio, formou a companhia global Natura&Co. A nova empresa tornou-se a quarta maior companhia de cosmticos do mundo, avaliada em mais de 10 bilhes de dlares.
A nova Natura&Co ter a liderana mundial na venda direta de cosmticos, via consultoras, com mais de 6,3 milhes de vendedores e consultoras e presena global com mais de 3.200 lojas. Na nova empresa formada com a fuso, os acionistas da Natura ficaram com 76% e os da Avon, com 24%.
A integrao entre as empresas est comeando a acontecer, ao mesmo tempo em que a compra vai sendo aprovada por rgos reguladores mundo afora. No Brasil, a fuso j foi aprovada pelo Cade, conselho que regula a concorrncia, e a transao entre as empresas tambm foi aprovada pela Comisso Europeia nesta tera-feira 17.