A farmacêutica EMS, que produz a hidroxicloroquina no Brasil, vai realizar um estudo para observar a eficácia do medicamento contra o novo coronavírus. Os testes devem começar em até 30 dias e terão apoio do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e de outras instituições de saúde.
O medicamento foi anunciado esta semana pelo presidente norte-americano, Donald Trump, como promissor no tratamento da covid-19, após um estudo realizado com sucesso em 24 pacientes na França.
“Pelo estudo francês, há indícios de que esse medicamento reduziu a carga viral nos pacientes em um tempo menor. Mas temos que fazer testes clínicos aqui para avaliar os efeitos na população brasileira”, disse Roberto Amazonas, diretor médico-científico da EMS, em entrevista ao Valor Econômico.
O início dos testes, no entanto, depende da liberação da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep), órgão ligado ao Conselho Nacional de Saúde. Isso pode levar um mês.
Remédio se esgotou nas farmácias
Desde que a medicação foi anunciado pelos EUA como promissora conta a covid-19, houve uma corrida injustificada pelo medicamento nas farmácias. Em algumas cidades do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, a droga chegou a se esgotar, deixando vários pacientes que dependem da medicação sem tratamento.
A Hidroxicloroquina é um derivado menos tóxico da cloroquina e é usada há anos contra a malária, artrites reumatoides e lúpus. Na quinta-feira,19, a Anvisa chegou a publicar uma nota não recomendando a utilização das substâncias em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus. No dia seguinte, a agência decidiu enquadrar os medicamentos como produtos de controle especial.
Segundo o diretor médico-científico da EMS, diante da falta do medicamento nas farmácias, a empresa já fez o pedido de mais insumos ao fornecedor indiano e espera fabricar 47 mil unidades do medicamento até o fim deste mês. Amazonas também lembrou que os médicos são os únicos profissionais habilitados a prescreverem o uso adequado da medicação.
Prevenção
Os cuidados para reduzir o risco de contrair o coronavírus são básicos e incluem lavar as mãos frequentemente com água e sabão, usar desinfetante à base de álcool e evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
Veja outras dicas:
-Ao tossir ou espirrar é recomendado cobrir a boca e nariz
-Não tocar mucosas de olhos, nariz e boca de outra pessoa
-Usar lenço descartável para higiene nasal
-Não compartilhar objetos de uso pessoal
-Manter o ambiente ventilado