O comportamento de risco vem impedindo o país de avançar no combate às infecções sexualmente transmissíveis. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que o Brasil teve 158.051 casos de sífilis em 2019. O número representa um aumento de 28,3% em relação ao total de casos registrados em 2018.
De acordo com o ministro Luiz Henrique Mandetta, são 18 casos da doença por hora.
Para alertar a população sobre os riscos e consequências de infecções sexualmente transmissíveis, a pasta lançou a campanha para evitar o comportamento de risco, com foco nos jovens de 15 a 29 anos. O lema é “Usar camisinha é uma responsa de todos”.
Além de veicular comerciais nos veículos de comunicação, a campanha vai distribuir 570 milhões de preservativos e géis lubrificantes no País.
Doença infecciosa
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e evolui em estágios. Em um primeiro momento, nos homens, podem aparecer pequenas feridas indolores na glande do pênis. Já nas mulheres, por conta da anatomia, as feridas podem estar mais profundas e, por isso, costumam ser de difícil percepção.
Cerca de oito semanas após a infecção, podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo, aumento de gânglios e febre. Essa é a chamada fase secundária da sífilis.
Se não tratada, a pessoa pode vir a ter a sífilis terciária, a fase mais grave da doença que pode inclusive levar a pessoa à morte.
Políticas de combate ao sífilis
O Ministério da Saúde vem executando diversas estratégias de abrangência nacional para o controle da sífilis no país, como a compra centralizada e distribuição de insumos de diagnóstico e tratamento, realização de Campanha Nacional de Prevenção e desenvolvimento de estudos e pesquisas voltados para o enfrentamento da sífilis no Sistema Único de Saúde (SUS).
O tratamento ofertado gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) melhora a qualidade de vida da pessoa com sífilis, além de interromper a cadeia de transmissão. O antibiótico mais comumente utilizado no tratamento é a penicilina benzatina (benzetacil), que mostra ótimos resultados.
O paciente em tratamento também deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença.
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