[ad_1]
Em meio à crise interna entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), o brasileiro sinaliza seu posicionamento diante da ascensão da pandemia no país.
E de acordo com pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira, 6, a maioria dos entrevistados, 76%, defendem a permanência das medidas de isolamento social para impedir a propagação do vírus. Independente dos impactos causados para a economia e aumento do desemprego.
Realizada entre 1 e 3 de abril, a pesquisa ouviu 1.511 pessoas em consulta telefônica. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Do outro lado, 18% dos entrevistados defendem a retomada da economia por meio do fim do isolamento.
Raio-x da opinião
Entre os brasileiros consultados, o maior apoio pela permanência do isolamento vem da região Nordeste, coincidentemente região de maior resistência ao bolsonarismo no país. Lá, 81% dos entrevistados defendem que as pessoas fiquem em casa.
Enquanto no Sul, onde o presidente ostenta apoio majoritário, 70% defendem que as pessoas fiquem em casa. Dois terços querem manter o comércio não essencial fechado e 87% dizem que as aulas devem continuar suspensas.
Entre pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos, 67% apoiam o fechamento do comércio; entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos o percentual diminui para 62%.
Volta às aulas ?
O tema ‘volta às aulas’ é o que mostra maior consenso entre os entrevistados. Apenas 11% apoiam o retorno frente aos 87% que discordam da medida.
A reabertura das escolas é outro ponto que o presidente tem defendido. Seu argumento é que crianças e jovens não fazem parte do grupo de risco, e portanto não têm porque ficar em isolamento.
Assunto caro a Bolsonaro, que tem defendido a reabertura das escolas, sob o argumento de que as crianças e jovens não devem ficar em isolamento por estar fora do grupo de risco.
Especialistas x Bolsonaro
Desde o avanço da crise da pandemia no país, Jair Bolsonaro protagonizou diferentes embates políticos nos bastidores do poder.
Bolsonaro defende o chamado “isolamento vertical”, apenas para idosos e doentes. A posição vai contra o que vem sendo defendido por infectologistas, pela Organização Mundial da Saúde e pelo próprio Ministério da Saúde. O argumento é que os mais jovens podem trazer o vírus para dentro de casa e infectar outras pessoas.
Contraria recomendações de especialistas da saúde ao estimular a retomada do comércio, que, segundo ele, protege a saúde financeira da população mais vulnerável. Apesar disso, estudos provam que as medidas restritivas não alteram significativamente a rotina desse grupo.
Há algumas semanas Bolsonaro saiu em defesa do modelo de “isolamento vertical”, formato que defende o retiro apenas para idosos e doentes. Proposta contrária às orientações de infectologistas, da Organização Mundial da Saúde e do próprio Ministério da Saúde, que defendem a tese de que os mais jovens podem hospedar o vírus ao saírem de casa e infectar outras pessoas.
Ao que tudo indica, a população segue de acordo com as recomendações de quem entende do assunto.
[ad_2]
Fonte