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São Paulo pode iniciar a vacinação contra o novo coronavírus em janeiro de 2021. A afirmação é do diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, em entrevista à Folha publicada nesta terça-feira 11.
Para Dimas Covas, a vacina chinesa CoronaVac é atualmente a mais avançada do mundo. “É a vacina que pode chegar mais rapidamente ao mercado”, afirmou.
O Instituto Butantan fez acordo com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science para testar e produzir o medicamento em larga escala. Os ensaios clínicos acontecem em seis estados e envolvem 9.000 voluntários em 12 centros de pesquisa.
A vacina depende de resultados positivos de eficácia e segurança para obter registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Estudo divulgado ontem, mostrou que a CoronaVac se mostrou eficaz e segura na fase 2 de testes em 600 voluntários que receberam doses do imunizante na China.
Cada voluntário tomou duas doses, sendo que metade deles recebeu a vacina propriamente dita e a outra metade, um placebo, uma substância sem efeito algum. Esse método é utilizado para verificar posteriormente se quem tomou a vacina ficou de fato protegido em comparação a quem tomou o placebo.
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De acordo com o estudo, não houve nenhuma reação adversa grave que tenha comprometido a segurança da vacina. Alguns voluntários tiveram apenas leve dor no local da aplicação.
A vacina chinesa desenvolvida pela Sinovac Life Science é uma das mais promissoras do mundo porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas.
O laboratório asiático já realizou testes em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra o coronavírus.
Vacina russa
Nesta terça-feira, 11 , a Rússia anunciou que registrou a primeira vacina contra o novo coronavírus. Segundo o presidente Vladimir Putin, uma de suas filhas já tomou uma dose do imunizante.
A fórmula desenvolvida pelo Instituto Gamaleya em Moscou provoca uma imunidade duradoura e funciona “com bastante eficácia”, segundo o presidente. Porém, não foi publicado nenhum estudo ou dado científico sobre os testes realizados, o que tem provocado muita desconfiança da comunidade científica internacional.
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