Os casos de pessoas internadas após consumirem cerveja Belorizontina, fabricada pela Backer, estão sendo tratados como intoxicação exógena por dietilenoglicol e não mais como síndrome nefroneural.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, a mudança é apenas de nomenclatura porque agora já é conhecido o agente causador do agravo. A pasta informou que todos os pacientes internados continuam seguindo o mesmo tratamento de antes.
Até agora, 18 casos suspeitos foram notificados. Desses, 4 evoluíram para óbito, sendo que uma das vítimas teve a intoxicação confirmada por exame de sangue. A quarta morte é de uma mulher de 60 anos, moradora de Pompéu (a 174 km de Belo Horizonte), que morreu no dia 28 de dezembro.
Com base nos resultados da análise pericial realizada pela Polícia Civil, a Vigilância Sanitária Estadual determinou a interdição cautelar dos lotes L1 1348 e L2 1348 da cerveja Backer Belorizontina. A interdição nacional dos mesmos lotes foi determinada pela ANVISA.
A recomendação é de que, por precaução, nenhuma cerveja produzida pela Cervejaria Backer, independente de marca e lote, seja consumida.
Sintomas de intoxicação
Os primeiros sintomas de intoxicação por dietilenoglicol acontecem até 72 horas após o consumo. Náusea, vômito e dor abdominal fazem parte do quadro. Além disso, em uma fase mais avançada da intoxicação, pode acontecer alterações da função renal, paralisia facial, perda visual e crise convulsiva.
A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais pede que casos suspeitos sejam notificados por telefone ou por e-mail ao CIEVS BH (casos de Belo Horizonte) ou ao CIEVS Minas (casos do restante do estado).