Foto – © Staffan Widstrand / WWF
POR – DOUGLAS SANTOS (WWF) / NEO MONDO
Estimativas recentes apontam para um aumento da população de onças-pintadas em Mata Atlântica, mais ainda há muito o que fazer para reduzir a ameaça de extinção. Restam apenas 300 indivíduos na Mata Atlântica e o equilíbrio dessa população é extremamente sensível
Segundo Felipe Feliciani, analista de conservação do WWF Brasil, precisamos aprofundar os estudos de como o animal se desloca entre os fragmentos de Mata Atlântica e analisar processos de restauração naquelas regiões para ajudar na construção de corredores ecológicos. “Dificilmente você vai ver um pasto com uma nascente de água de qualidade e com quantidade de água, as principais nascentes estão em áreas florestais. Onde tem onça, tem floresta, tem água boa, ar puro, tem ecoturismo, tem oportunidades de negócios. A floresta tem um valor imenso e é um mecanismo financeiro para as comunidades que vivem ali. Temos que ver a floresta como um aliado ao nosso desenvolvimento sustentável”, diz Feliciani.
De acordo com o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), Ronaldo Morato, existem diversos resultados expressivos de conservação de onça-pintada no Brasil como, por exemplo, o resultado de conservação no Parque Nacional do Iguaçu e o acordo de cooperação trinacional entre Argentina, Brasil e Paraguai. “Vale lembrar que a espécie habita outros biomas brasileiros e há muitos casos no Cerrado com o Instituto Onça Pintada, no Pantanal com o turismo de avistamento desenvolvido com o Onçafari e na Amazônia com o instituto Mamirauá”, afirma Morato. Infelizmente, a onça-pintada já foi extinta do Pampa.