A empresa de saúde americana Abbott anunciou nesta quarta-feira, 6, a descoberta de uma nova cepa do HIV. Esta é a primeira vez que um novo subtipo do vírus é identificado desde que as diretrizes para classificar novas cepas do HIV foram estabelecidas no ano 2000.
Os resultados foram publicados no Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes (JAIDS) e, de acordo com a Abbott, mostram que os pesquisadores estão um passo à frente da mutação do vírus e mais próximos de evitar novas epidemias.
O HIV continua sendo um grande problema de saúde pública mundial. De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 35 milhões de mortes em decorrência da doença já foram registradas em todo o mundo. Só no Brasil, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o HIV atualmente, segundo o Ministério da Saúde.
A descoberta da nova cepa do vírus foi possível graças ao uso de uma nova geração de tecnologia de sequenciamento de genomas. De acordo com os autores do estudo, o trabalho foi como encontrar uma agulha no palheiro.
Desde que a Abbott começou a pesquisar os vírus mutantes do HIV e da hepatite há 25 anos, mais de 78 mil amostras de vírus foram identificadas em 45 países. Nos trabalhos, os cientistas puderam distinguir, até o momento, 5 mil subtipos.
Vírus HIV
HIV é um termo em inglês para o vírus da imunodeficiência humana (human immunodeficiency virus). Ele é o causador da Aids e ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
O HIV é uma doença sexualmente transmissível (DST) e também pode ser contraída no contato com sangue infectado ou de forma vertical, no caso de mulheres soropositivas grávidas.
Não há cura para o HIV, mas existem remédios que reduzem bastante a progressão da doença. Eles são chamados de coquetéis antirretrovirais e são responsáveis pela queda no número de mortes em decorrência da infecção em todo o mundo. É preciso deixar claro que nem todo mundo que tem HIV tem Aids. Entenda melhor aqui.