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Um dos principais riscos para um projeto socioambiental é focar no problema errado (Roman Synkevych/Divulgação)
A elaboração de um plano de medição começa com a etapa de “descrição do projeto e de seus objetivos mais amplos”. Nesta fase, busca-se responder a seguinte pergunta: o que vamos fazer?
Em muitos casos, projetos socioambientais estão diretamente relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Esta etapa também é usada para se definir a finalidade do projeto de maneira mais ampla.
Os gestores devem se preocupar com três erros fundamentais nessa fase: implementar projetos ruins, deixar de executar planos bons e focar no problema errado. Em muitos casos, o terceiro item é o mais difícil de ser identificado.
Imagine, por exemplo, que empresários da área digital decidam implementar um projeto de aulas de informática no período noturno em uma escola municipal distante do centro da cidade. Imagine que, após conversar com o diretor da escola e alguns professores, a empreitada seja desestimulada. Motivo: a adesão dos alunos em projetos anteriores no mesmo horário foi pequena.
Alunos podem não ter interesse em aulas de informática noturnas por vários motivos. Podem faltar incentivos para permanecer na escola (afinal, a atividade não vale nota), preferir ficar com a família, realizar empregos informais no mesmo horário… Ou simplesmente não frequentarem as aulas porque as ruas ao redor da escola não possuem iluminação pública adequada!
Dessa forma, de nada adiantaria ofertar um curso de informática à noite se as pessoas não se sentem seguras de voltar para casa por ruas escuras. Este é um exemplo de foco no problema errado. Sem solucionar a questão da iluminação, um projeto bom estaria fadado ao fracasso.
Ficou interessado em mais detalhes? Acesse o Guia de Avaliação de Impacto Socioambiental para Utilização em Negócios e Investimentos de Impacto do Insper Metricis. Nas próximas semanas, traremos outros tópicos importantes para a um plano de medição. Até mais!
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