O HPV é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus).
O nome HPV é uma sigla em inglês para Papiloma vírus humano e cada tipo da infecção pode causar lesões em diferentes partes do corpo, levando inclusive ao câncer de colo de útero, garganta ou ânus.
A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), ou seja, o modo mais comum de transmissão é por meio do ato sexual. Mais raramente, o vírus pode também ser transmitido por objetos.
Vírus sorrateiro
A infecção não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Sabe-se que entre 80 e 90% da população já entrou em contato com o vírus do HPV em algum momento da vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesão.
Em alguns casos, o HPV pode ficar sem manifestar sinais visíveis a olho nu durante meses a anos, ou apresentar manifestações subclínicas não visíveis a olho nu.
As primeiras manifestações da infecção surgem entre, aproximadamente, dois a oito meses. Entretanto, há casos que podem demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção.
As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. Isso porque a diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV, e consequentemente, o aparecimento de lesões.
Sintomas
Fique sempre de olho naquelas manchinhas brancas ou castanhas que coçam. Além das mais visíveis verrugas, essas lesões na pele são os principais sinais de infecção pelo HPV.
Normalmente essas verrugas causadas pelo HPV aparecem na região genital, mas podem ocorrer em outras partes do corpo também, como garganta, boca, pés e mãos. Essas são chamadas de lesões clínicas.
Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou papulosas (elevadas e solidas). Em geral, são assintomáticas, mas podem causar coceira no local.
Há também a possibilidade dos sintomas do HPV não serem visíveis ao olho nu. Nesse caso, são chamadas de lesões subclínicas e podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam nenhum sinal.
As lesões subclínicas, ao contrário das clínicas, podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para desenvolver câncer.
Diagnóstico
O diagnóstico do HPV é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais, e pode variar dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.
As lesões clínicas podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico urológico, ginecológico e dermatológico.
Já as lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como papanicolaou, colposcopia, peniscopia e anuscopia.
Biopsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas das malignas também são comuns quando o médico se depara com algum possível sintoma de HPV.
Prevenção
Assim como todas as outras ISTs, o HPV é um vírus que pode ser prevenido. Atualmente há três formas bastante eficazes contra a infecção:
Existem duas vacinas para prevenção HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18. A outra opção é a vacina bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e 18.
A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, pessoas que vivem HIV, pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos,
Vale ressaltar que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.
O papanicolau é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero (doença que atinge aproximadamente 15 mil novas mulheres).
Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer.
Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolaou regularmente.
A camisinha, assim como no caso de outras IST, é uma das mais importantes formas de prevenção do HPV.
Contudo, seu uso não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois as lesões estão presentes também em áreas não protegidas pela camisinha, como vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal.
A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
Tratamento
O tratamento das verrugas anogenitais causadas pelo HPV consiste na destruição das lesões. O método no qual é feita a destruição varia:
No caso de lesões pequenas, em pequena quantidade ou mais externas, pode-se tratar com cremes e ácidos.
Além disso, cremes que melhoram a imunidade local (imunoterápicos) também são opções, mas costumam ser usados por um período mais longo.
A retirada da lesão pode ser feita de diversas formas. Uma das técnicas mais utilizadas é a cauterização a laser. Além disso, ela também pode ser feita com gelo seco (crioterapia), ácidos (cauterização comum) ou usando radiofrequência.
Para começar o tratamento, procure o posto de saúde mais próximo de sua residência.
Tem cura?
O HPV não tem cura, uma vez que não existe tratamento ou medicamento capaz de eliminar completamente o vírus do organismo.
O tratamento consiste apenas em eliminar as lesões causadas pelo vírus. Felizmente, cerca de 90% das pacientes com HPV conseguem destruir completamente a lesão e apenas 10% das pessoas tem “recaídas”, nas quais as lesões voltam a aparecer.
Mas não fique com medo! O mais importante é diagnosticar as lesões do HPV cedo, e isso só é possível quando se tem acompanhamento de rotina com seu médico, seja ginecologista ou urologista.
jQuery(window).trigger('fbBeforeInit', params);
FB.init(params);
jQuery(window).trigger('fbAsyncInit');
;
(function(d, s, id)
var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0];
if (d.getElementById(id)) return;
js = d.createElement(s); js.id = id;
js.src = "http://connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js";
fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);
(document, 'script', 'facebook-jssdk'));
)(jQuery);
Fonte