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conheça os fatores que contribuem para o problema

Estima-se que quase um terço da população brasileira sofra de esteatose hepática, popularmente conhecida como gordura no fígado. A doença não costuma apresentar sintomas e, na maioria das vezes, é descoberta durante exames de rotina. O diagnóstico é confirmado após uma ultrassonografia e, eventualmente, uma biópsia.

Se não tratada, corretamente, a esteatose hepática pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer no fígado.

Crédito: Ben-Schonewille/istockObesidade e consumo exagerado de bebida alcoólica poem causar gordura no fígado

Mas, afinal, você sabe o quais são os fatores que contribuem para o problema?

A esteatose hepática pode ser dividida em dois tipos:

  • Alcoólica – quando é provocada pelo abuso de bebidas alcoólicas.
  • Não alcoólica – provocada por hábitos e estilos de vida inadequados.

De acordo com a gastroenterologista Yael de Albuquerque, do Instituto EndoVitta, a esteatose hepática não alcoólica ocorre quando o paciente ingere mais gordura e calorias do que o fígado pode processar. “Apesar de ser uma doença comum em obesos e diabéticos, o acúmulo de gordura no fígado pode afetar os pacientes com má alimentação e que não praticam exercícios regularmente. Além desses pacientes, estão aqueles que abusam da bebida alcoólica”, alerta a especialista.

Entre os principais fatores que podem causar o tipo não alcoólico, estão:

  • Obesidade
  • Gravidez
  • Sedentarismo
  • Diabetes
  • Má alimentação
  • Colesterol alto
  • Pressão alta
  • Perda ou ganho muito rápido de peso
  • Uso de medicamentos (corticoides, estrógeno, amiodarona, antirretrovirais, diltiazen e tamoxifeno)
  • Inflamações crônicas no fígado
  • Hepatites virais

Crédito: A_namenko/istockAlimentação rica em gordura é vilã do fígado

O Ministério da Saúde ainda chama a atenção para outros fatores de risco, tais como: síndrome do ovário policístico, hipotireoidismo, síndrome metabólica, apneia do sono, acúmulo de gordura abdominal.

Pessoas que se encaixam nesse grupo de risco devem devem fazer consultas médicas periódicas para avaliar a necessidade de monitorar a quantidade de gordura no fígado.

Sintomas não muito perceptíveis

Cerca de 30% da população possui a doença, mas não sabe. Embora os sinais sejam discretos e, muitas vezes passam batido, é preciso ficar atento aos seguintes indícios:

-Síndrome metabólica: um conjunto de problemas que envolvem obesidade, pressão alta e níveis elevados de glicose, colesterol e triglicérides;

-Aumento do volume abdominal e dores na parte superior do abdômen;

-Enjoos, vômitos e tremores;

-Cansaço em excesso e fadigas;

-Pele e olhos amarelados (Icterícia)

-Perda de apetite;

-Alteração no sono;

–  Aranhas vasculares (pequenos vasos dilatados na pele em formato de aranha são mais comuns no rosto, tórax, pernas e no branco dos olhos).

Gravidade

Se a doença não for diagnostica e tratada, ela pode causar problemas mais graves como fibrose, que ocorre quando há tecido de cicatrização no órgão. Neste estágio de fibrose, começa a se instalar uma patologia chamada de cirrose, com todas as suas complicações como fadiga crônica, icterícia (pele e olhos amarelados), ascite (acúmulo de líquidos dentro da cavidade abdominal), varizes de esôfago, risco de sangramentos.

Após a instalação da cirrose, o quadro passa a ser irreversível, com risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de fígado.

Tratamento

No estágio inicial, o tratamento é feito com a adoção de uma dieta equilibrada, rica em fibras e pobre em gorduras e carboidratos. Também é preciso manter o controle de doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto. Cigarro e bebidas alcoólicas também devem ficar de lado.

Como deve ser a dieta?

A dieta deverá ser rica em alimentos ricos em fibra, como cereais integrais (trigo, aveia, quinoa, amaranto, arroz, etc), derivados do leite desnatado, frutas, legumes e peixes.

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