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O aumento do número de casos de pessoas infectadas e mortas pelo novo coronavírus (covid-19) levou o sistema de saúde e o serviço funerário do Equador ao colapso. Em três semanas, a força tarefa criada pelo governo equatoriano já recolheu mais de 700 corpos em casas e nas ruas da cidade de Guayaquil, epicentro da pandemia no país.
O governo equatoriano assumiu também a tarefa de enterrar os corpos, já que as funerárias não estavam conseguindo atender a grande demanda.
De acordo com Jorge Wated, chefe da força-tarefa que inclui policiais e militares, cerca de 600 corpos já foram identificados e sepultados. A informação é da Agência Brasil.
O Equador registrou o primeiro caso de covid -19 no dia 29 de fevereiro. Desde o dia 21 de março, o país vive toque de recolher. Atualmente, as pessoas podem sair às ruas apenas entre 5h da manhã e 14h.
O país, que tem 17 milhões de habitantes, registra até o momento cerca de 7.500 casos confirmados de coronavírus e 333 mortos com a confirmação da doença. No entanto, há ainda outros 338 casos de pessoas consideradas “falecidas provavelmente de covid-19”. Cerca de 500 pessoas foram curadas.
Entrevista à rede americana CNN, a prefeita de Guayaquil, Cynthia Viteri, afirmou que não são cerca de 300 os mortos por coronavírus no país, e sim 600.
“Não se consegue fazer os testes antes, (os doentes) morrem sem fazer os testes, e não há espaço para fazer as autópsias e os reconhecimentos dos corpos. Então, simplesmente colocam nos atestados de óbito que essas pessoas morreram por alguma doença respiratória”, afirma Viteri.
A cidade de Guayaquil é o epicentro da doença, com cerca de 70% de todos os casos de contaminação (cerca de 4 mil) e mortes do país.
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