Dicas de prevenção de quem já superou o coronavírus - Ecoo

Dicas de prevenção de quem já superou o coronavírus

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Mesmo com o prolongamento da quarentena obrigatória em prol do combate ao novo coronavírus, milhões de brasileiros precisam trabalhar e fazer atividades básicas como compras no supermercado ou farmácia. Nesses casos, respeitar as medidas de proteção e ficar atento aos detalhes fazem toda a diferença e definem quem tem mais ou menos chance de se infectar.

Para evitar a expansão da covid-19, o movimento Todos Pela Saúde, idealizado pelo Itaú Unibanco, está reforçando a conscientização e os cuidados da população com a própria saúde, principalmente entre aqueles que não podem ficar em casa. Se você ainda tem dúvidas de “como evitar a contaminação” ou “se proteger corretamente”, vamos esclarecer tudo.

Como o vírus se espalha pelo ar e as partículas ficam entre duas e quatro horas em circulação, uma das formas de prevenção é o uso de máscaras sempre que for necessário sair de casa. E pode ser qualquer uma feita de pano mesmo. O importante é ter duas camadas e o portador não levar as mãos aos olhos, nariz ou boca durante o uso, pois essas são as principais portas de entrada do vírus em nosso organismo.

A médica infectologista Raquel Muarrek, da Rede D’or em São Paulo, alerta que muitos casos ocorrem em frações de segundos em atividades que antes eram normais, mas agora requerem mais atenção. “Para quem vai sair de casa, o ideal é levar o mínimo de coisas na mão para que você não coloque em nenhum lugar. Na volta, as máscaras sempre devem ser tiradas pelo elástico, além disso, quando chegar em casa, tire a roupa e o sapato, coloque a máscara para lavar com água e sabão e higienize os celulares e bolsas”, indica.

É indispensável entender que uma simples ida ao mercado ou uma volta com o cachorro pode nos expor ao vírus. Veja alguns relatos de quem mesmo respeitando o isolamento social se contaminou em saídas curtas de casa:

“Entreguei um objeto na transportadora e voltei pra casa infectado”

Parecia mais um dia normal na vida de Júnior Roberto, de 38 anos. Ele havia acabado de fechar a venda de uma guitarra na semana do dia 28 de abril e precisava despachar o produto para o comprador. Segundo Júnior, os Correios não estavam aceitando pacotes com mais de um metro, portanto, a solução foi ir até uma transportadora.

“Na loja escolhida, três pessoas estavam trabalhando sem máscaras, luvas ou álcool gel. Não tomavam cuidado nenhum, inclusive, conversavam muito entre si como se nada estivesse acontecendo”, disse. “Eu achei que eu ficaria ali por pouco tempo, fui no impulso, na pressa. No fim, fiquei pouco tempo mesmo, mas foi suficiente pra pegar”, completa Roberto.

O tempo médio de recuperação da doença é de 14 dias, mas nesse meio tempo os sintomas da doença não são nada agradáveis. Junior relatou que perdeu o olfato em dois dias e passou mais de uma semana com febre alta, em torno de 38 graus, além da falta de ar. Já recuperado, ele enxerga o uso da máscara como fundamental. “A máscara é importante, especialmente, pra não infectar o próximo”, completa.

“Recebi comida em delivery e fui contaminado”

Em alta antes mesmo da quarentena, os serviços que entregam comida em casa tornaram-se uma opção vantajosa para evitar aglomeração, no entanto, seu sucesso depende dos cuidados com higiene, tanto do entregador como do cliente.

O exemplo é ideal para explicar o caso de André Caramuru, escritor e tradutor paulista de 58 anos. Ele e a família decidiram investir no delivery para evitar idas e vindas ao mercado, mas há algumas semanas ele foi infectado após receber uma entrega. “É minha maior suspeita de contágio. Mesmo mantendo distanciamento e higienizando os produtos, creio que foi em alguma dessas entregas que eu me contaminei”, aponta.

Crédito: Acervo pessoalAndré pratica esportes regularmente e ainda assim sofreu com os efeitos do coronavírus no organismo

De acordo com a infectologista Raquel Muarrek, o vírus pode agir rapidamente, até mesmo ser ajudado por uma corrente de vento. “As pessoas se contaminam quando abaixam a máscara no pescoço para poder falar ou para poder comer. O ideal é saber usar a máscara corretamente. Existe chance de contaminação pelo vento, com alguém próximo e a até se essa pessoa colocou a mão na roupa”, alerta.

No caso de André, sua esposa também foi diagnosticada com covid-19, mas ele não sabe quem passou para quem. Ambos estão recuperados e adotaram um novo método. “Agora, quando tem alguma entrega, peço para o motoboy deixar o pacote no portão, e só me aproximo quando ele já foi embora. Não fico a menos de dez metros de distância. E sempre com máscara”, completa Caramuru.

Cuidados essenciais

Além das dicas de quem superou o coronavírus, o Todos Pela Saúde tem tudo que você precisa saber para se proteger, desde fabricação de máscaras caseiras até a forma correta de colocar, retirar e fazer o descarte. Não deixe de seguir as orientações corretamente – isso pode garantir a sua saúde e de todos ao seu redor. Destacamos 6 dicas para você se atentar no dia a dia. Olha só:

  • Respeite o isolamento social, só saia de casa se realmente for necessário
  • Use máscara sempre que sair de casa
  • Higienize qualquer produto que venha de fora com álcool 70% ou água e sabão
  • Evite levar as mãos ao rosto
  • Coloque suas roupas pra lavar imediatamente após chegar da rua
  • Mantenha o distanciamento social quando receber delivery ou fizer compras

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