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Se no início da pandemia, a espera por uma vacina contra o novo coronavírus em menos de um ano era uma previsão otimista demais, agora já parece ser algo mais provável. De acordo com o diretor do Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz, Maurício Zuma, o imunizante pode estar disponível para a população brasileira em até 4 meses após a apresentação dos resultados dos testes clínicos, que já estão sendo realizados. A declaração foi feita em entrevista à repórter Marcella Fernandes, do HuffPost Brasil.
Segundo Zuma, o instituto poderá produzir até 40 milhões de doses por mês, mas para isso ser possível, ele disse que algumas adaptações terão que ser feitas como a realização de novos turnos de trabalho.
“Se for uma tecnologia que já tem instalações, fica mais fácil. A vacina de Oxford, por exemplo, a gente não tem detalhes ainda aprofundados, mas a gente tem plataformas semelhantes aqui que facilitariam a implantação da produção num tempo menor”, disse Zuma.
#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:
Na terça-feira, 23, 0 Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Unifesp informou que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford já começou a ser testada em voluntários em São Paulo. Ela é uma das 13 em todo o mundo que já estão em fase avançada de testes clínicos.
Nessa primeira etapa, serão imunizadas 2 mil profissionais de saúde da capital paulista que não tiveram coronavírus anteriormente. Os testes também estão para começar no Rio de Janeiro.
A boa notícia é que embora o estudo com essa vacina esteja programado para durar um ano, se tudo correr bem e a vacina mostrar resultados muito favoráveis, ela poderá ser licenciada para uso emergencial já em outubro.
De acordo com o diretor da Fiocruz, esse teste com a vacina é importante que esteja acontecendo aqui no Brasil, pois assim é possível ter certeza de que a vacina é realmente eficaz para os brasileiros. ” Por conta de determinadas características na composição da vacina, ela pode funcionar num país e não funcionar em outro. Por conta de prevalência de vírus circulantes, coisas assim. Circula mais num país e não circula em outro, então a plataforma, o desenho da vacina, pode funcionar melhor num lugar e não em outro. É importante ter o estudo clínico realizado aqui”.
Leia a entrevista na íntegra aqui.
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