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Empatia – como as competências socioemocionais podem ajudar você a atravessar o período de isolamento

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por Instituto Ayrton Senna – 

A vida está em suspensão.

O ir e vir está restrito, as fronteiras nacionais estão sendo fechadas, as pessoas estão enfrentando o isolamento domiciliar, os estudantes estão sem aulas. Essa experiência de reclusão e de incerteza afeta nossos pensamentos, comportamentos e emoções.

No meio a tudo isso, a empatia tem sido citada como uma competência socioemocional que faz toda a diferença no enfrentamento dessa crise mundial. E mesmo quando tudo passar, e vai passar, a empatia deve permanecer “em ação”, pois ainda levará um tempo para se entender as mudanças que esse novo cenário gerou na vida de cada um e a compreensão será essencial para se lidar com as consequências.

O que é empatia?

É a capacidade de assumir a perspectiva dos outros e de utilizar habilidades para entender suas necessidades e sentimentos, agindo com
generosidade e consideração.

De acordo com essa percepção, uma pessoa empática constrói relacionamentos próximos e consegue ajudar, apoiar e dar assistência, tanto material quanto emocional, a outras pessoas; enfim, é ser uma pessoa generosa e de fácil convívio.

Por que empatia é importante?

Quando temos empatia, podemos entender as necessidades e os sentimentos de outras pessoas e oferecer apoio de acordo com o que elas
precisam.

Lembre-se: gentileza gera gentileza.

“Há muitos anos, um aluno perguntou à antropóloga Margaret Mead (1901-1978) o que ela considerava ser o primeiro sinal de civilização numa cultura.
O aluno esperava que Mead falasse a respeito de anzóis, panelas de barro ou pedras de amolar.
Mas não.
Mead disse que o primeiro sinal de civilização numa cultura antiga era um fêmur (osso da coxa) quebrado e cicatrizado.
Mead explicou que no reino animal, se você quebrar a perna, morre. Você não pode correr do perigo, ir até o rio para beber água ou caçar comida. Você é carne fresca para os predadores.
Nenhum animal sobrevive a uma perna quebrada por tempo suficiente para o osso sarar.
Um fêmur quebrado que cicatrizou é evidência de que alguém teve tempo para ficar com aquele que caiu, tratou da ferida, levou a pessoa à segurança e cuidou dela até que se recuperasse.
“Ajudar alguém durante a dificuldade é onde a civilização começa” disse Mead.

O que fazer?

Estar em autoisolamento não significa adotar um comportamento individualista. Manter contato por telefone ou WhatsApp com amigos e familiares para ouvir e acolher é algo fácil de ser realizado e que não custa nada.
Que tal fazer do isolamento uma corrente solidária para apoiar (des) conhecidos? Um telefonema para um grupo de vizinhos, por exemplo, pode fazer toda a diferença e minimizar o estresse emocional deste período.
O vírus não escolhe pessoas. Exercite sua empatia para acolher e não discriminar quem está doente. Proteja-se nas redes sociais de mensagens agressivas e preconceituosas.
O exercício da empatia é um exercício de conexão com o outro. No entanto, para que essa conexão não se torne uma experiência angustiante ou paralisante, é preciso ter compaixão pelo sofrimento do outro, o que gera em nós a motivação para fazer algo                         concreto e que ajude genuinamente.

Para pais e mães com filhos em casa, que tal estabelecer uma rotina de diálogo para conversar sobre as percepções e emoções de cada
um? É importante escutar atentamente, buscando entender os sentimentos e necessidades e apoiando as crianças e jovens a se                     expressarem. Cada pessoa reage de modo diferente e tem o direito de ser ouvida e acolhida!
Para professores que estão lidando com o desafio das aulas a distância, uma boa dica é buscar, uma vez ao dia, promover um momento para falar sobre o isolamento e o que estão sentindo. Que tal orientar a produção de um diário pessoal (físico ou virtual) no         qual os estudantes podem registrar seus pensamentos e sentimentos por meio da escrita, de vídeos, de desenhos ou áudios? Que tal             propor um projeto de apoio e acolhida virtual de outras pessoas nesse momento delicado?
Para crianças, adolescentes e jovens que estão em isolamento, é importante buscar expressar-se com familiares, professores e
colegas. Ninguém quer ou gosta de ficar em casa o tempo todo, mas buscando compreender o que está sentindo, conversando sem
medo sobre isso com adultos e amigos e agindo com empatia com os outros, será mais fácil passar por esse momento.

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Instituto Ayrton Senna

#Envolverde

 

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