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O jornalista esportivo da TV Globo Rodrigo Rodrigues morreu, na manhã desta terça-feira, 28, depois de sofrer uma trombose venosa cerebral, uma complicação causada pela covid-19.
Rodrigo foi diagnosticado com a doença no dia 13. Inicialmente teve sintomas leves, como falta de paladar e olfato. Porém, no último sábado, deu entrada em um hospital do Rio com vômitos, desorientação e dor de cabeça. Ele chegou a passar por uma cirurgia para a diminuição da pressão intracraniana, mas não resistiu.
A trombose vem se tornando uma complicação recorrente em pacientes diagnosticados com o novo coronavírus, principalmente entre os internados em UTI. Vários estudos científicos têm investigado a relação entre a doença e a formação de trombos.
De acordo com médica pós-doutora em cardiologia pela Universidade de Harvard, Renata Castro, isso ocorre por conta da reação inflamatória que o vírus causa no organismo. “A gente chama de tempestade de citocinas. Então, além das questões pulmonares diretas causadas pela covid-19, tem as questões sistêmicas, que são extrapulmonares. E um dos resultados dessa tempestade de citocina, dessa reação inflamatória absurda é a facilidade de gerar trombos”, explica.
Segundo ela, já existem vários relatos tromboses cerebrais, trombose coronarianas (infarto) e tromboses venosas profundas ligadas à covid-19.
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A trombose venosa acontece quando há formação de um trombo na parede de vasos, e este trombo formado dificulta a passagem do sangue, reduzindo a velocidade do fluxo.
Fatores de risco
A médica Renata Castro explica que a trombose venosa é uma condição comum fora do contexto de covid-19, principalmente na perna. A condição envolve diferentes fatores de risco. Entre os principais estão:
- Tabagismo
- Obesidade
- Uso de anticoncepcional
- Imobilização (pessoa acamada ou sem movimentação)
Sintomas de trombose venosa
Os sinais e sintomas da trombose vão depender da localização em que se encontra o trombo formado.
“Se a trombose é cerebral, é comum ter dor de cabeça, uma dor que parece sinusite, por exemplo”, exemplifica a médica. “Agora se a trombose é na perna, vai ter dor e inchaço na panturrilha. Às vezes, fica vermelho e normalmente é em uma perna só, não nas duas. Se for trombolismo pulmonar, é falta de ar, dor no peito.”
A trombose na perna, embora menos grave que no cérebro, por exemplo, pode ser fatal caso o trombo se solte. “As veias todas do nosso corpo levam o sangue que conflui para chegar no coração. Depois que passa do coração, o sangue vai passar por vasos que vão se afinando até chegar no pulmão, então, essas veias das pernas têm uma chance grande – quando o trombo se soltar – de gerar um trombolismo pulmonar (embolia pulmonar)”, explica a especialista.
Como prevenir
Além do acompanhamento médico, medidas simples de prevenção podem ser adotadas no dia a dia. Algumas das dicas são: exercitar-se ou fazer pequenas caminhadas regularmente, controlar o peso, evitar fumar e o uso de anticoncepcional, ou de hormônios em geral. “O mais comum da gente pegar de trombose é mulher que usa anticoncepcional e fuma, alerta a médica”
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