Uma revisão recente publicada na revista científica Clinical Anatomy destaca evidências de que a função do clitóris vai além de dar prazer à mulher, ele também desempenha papel importante na reprodução.
O estudo observou que o estímulo desse órgão feminino, durante a relação sexual, ativa o cérebro para causar alterações no trato reprodutivo feminino, que incluem melhora do fluxo sanguíneo vaginal, aumento da lubrificação, dos níveis de oxigênio e da temperatura vaginal e, o mais importante, uma alteração na posição do colo do útero.
Todas essas alterações preparam o terreno para que o óvulo process os espermatozoides e a fecundação aconteça.
O autor do estudo, o médico britânico Roy Levin, acredita que a evidência seja um grande desafio para as teorias e crenças atuais, que acreditam que a única função do clitóris seja induzir o prazer sexual. Em seu artigo, ele lembra de países e culturas que promovem a mutilação de meninas e mulheres. Prática que, segundo ele, não causa apenas deficiência sexual, como também reprodutiva.
Controvérsias sobre o Clitóris
A identificação, anatomia e função do clitóris têm uma longa história. Desde a antiguidade até os dias atuais, sua anatomia é reprimida, esquecida, negada e redescoberta.
Na literatura ocidental, esse órgão feminino aparece pela primeira em 1545, quando é erroneamente descrito com a função urinária. Anos mais tarde, em 1559, ele é reconhecido pelo professor de anatomia italiano Realdo Colombo como peça fundamental do prazer sexual.
Apesar de numerosos relatos modernos que caracterizam a ativação da excitação sexual feminina por estimulação do clitóris, nenhum parece ter ligado diretamente o órgão a um papel reprodutivo.
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