Se há vida após a morte, ainda é um mistério, mas cientistas da Universidade Charitée, na Alemanha, e também da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, descobriram o que acontece no cérebro nos momentos finais de vida.
A partir de um monitoramento neural invasivo em pacientes terminais, foi possível perceber que, conforme a morte chega, os neurônios têm dificuldade de manter seus íons carregados para gerarem os choques (ou sinapses) entre eles.
Conforme o sangue deixa de circular levando mais oxigênio ao cérebro, as sinapses entre neurônios param, para que eles tentem poupar energia e manter os íons carregados. É nesse momento que acontece uma onda final de atividade elétrica chamada “depressão alastrante”. Na sequência, a atividade é desativada, de acordo com os especialistas.
As descobertas são importantes porque podem ser usadas para determinar em quanto tempo é possível ressuscitar o indivíduo antes que danos irreversíveis tenham sido causados ao seu cérebro.
O estudo sugere que seria possível reiniciar o cérebro em até cinco minutos depois que o coração parasse de bater ou deixasse de mostrar sinais de vida.
Consciência após a morte
Ainda de acordo com outro estudo, realizado por cientistas da Universidade de Southampton, do Reino Unido, há evidências de que a consciência continua por pelo menos alguns minutos após a morte clínica, o que antes era considerado impossível.
Isso significa que uma pessoa já sem vida fica essencialmente “presa” em seu corpo com o cérebro ainda funcionando, mesmo que por um curto período de tempo.
De acordo com o Dr. Sam Parnia, um dos autores do estudo, pessoas que foram ressuscitadas após uma parada cardíaca descreveram com precisão o que estava acontecendo ao seu redor depois que seus corações pararam de bater.
Mais surpreendente ainda é que há evidências que sugerem que os mortos podem até mesmo se ouvir a declaração de suas mortes feita pelos médicos.