Um estudo feito por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, nos EUA, descobriu uma correlação entre o uso de celular e a incidência de câncer de tireoide, glândula que controla o metabolismo. A radiação emitida por esses aparelhos seria a responsável pelo desenvolvimento da doença.
Antes de chegar a essa conclusão, os pesquisadores examinaram mais de 900 pessoas e descobriram que aquelas com uma mutação genética chamada Polimorfismo de Nucleotídeo Único (SNP, Single Nucleotide Polymorphism) eram significativamente mais propensas ao risco.
Acredita-se que o estudo, publicado na revista Environmental Research, seja o primeiro a examinar a influência combinada da suscetibilidade genética e do uso de telefones celulares em relação ao câncer de tireoide. Por isso, os pesquisadores dizem que mais estudos são necessários para confirmar a ligação.
Câncer de tireoide
As taxas de câncer de tireoide têm aumentado constantemente nos Estados Unidos e em muitas outras partes do mundo. De acordo com o relatório mais recente da American Cancer Society, houve quase 53 mil novos casos desse tipo de câncer nos Estados Unidos, resultando em 2.180 mortes.
Tumores malignos na tireoide são três vezes mais comuns em mulheres e são diagnosticados em idade mais jovem do que a maioria dos outros tipos de câncer.
Prevenção e diagnóstico
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), alguns hábitos ajudam a prevenir o câncer de tireoide. Manter o peso corporal adequado, por exemplo, é um deles.
Geralmente, a doença é descoberta quando o paciente se queixa da presença de uma massa indolor na região anterior do pescoço. Pode haver dificuldade ou desconforto à deglutição e, em casos mais raros e avançados, disfonia e falta de ar.
O tratamento para o câncer de tireoide é cirúrgico. Na maioria dos casos, o procedimento consiste na retirada total da glândula tireoide e na ressecção dos gânglios linfáticos acometidos pelo tumor.