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Europa pode barrar brasileiros por alta nos casos de coronavírus

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O avanço dos casos do novo coronavírus no Brasil pode fazer com que brasileiros sofram algum tipo de restrição para entrar na Europa quando viagens internacionais forem retomadas. A informação é da Folha.

Nesta semana vários países europeus começaram a relaxar as medidas de confinamento e isolamento social.

Crédito: Marta Ortiz/iStockUnião Europeia orientou membros a verificar situação da pandemia antes de abrir as fronteiras

Um dos critérios adotados pela União Europeia para a reabertura das fronteiras internas é que apenas moradores de estados-membros com “uma situação epidemiológica controlada” sejam recebidos.

Estudo publicado nesta quarta-feira, 13, pelo Imperial College (centro de referência no controle de epidemias) revela que a taxa de contágio da covid-19 estimada para o Brasil é uma das mais altas entre 54 países monitorados pela instituição.


#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:


De acordo com o estudo, cada brasileiro infectado transmite o coronavírus para outras duas pessoas, que por sua vez transmitem para mais duas, provocando um crescimento exponencial do número de casos.

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), impedir a entrada de cidadãos de países com a pandemia fora de controle deve ser a praxe “por um bom tempo”.

“Quando as viagens voltarem, veremos países confiando naqueles que se mostram capazes de manejar bem o contágio. Vão deixar entrar as pessoas que não adicionam risco”, disse Michael Rya, diretor-executivo da OMS, à Folha.

O Brasil já é o sexto país do mundo em número de casos e mortes pela covid-19. Até ontem, o Ministério da Saúde registrava 13.149 óbitos e 188.974 infectados desde o início da pandemia.

Brasil no topo dos casos

Em entrevista ontem à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que surto de coronavíruis no Brasil está “apenas começando”.

Segundo o ex-ministro, a situação começou a se agravar na região Norte, em Manaus, e agora se espalha para o interior de estados como São Paulo e Rio de Janeiro.

“Estamos apenas no começo da parte mais difícil que vamos atravessar. De zero a 10, eu estaria preocupado em 10”, afirmou.

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