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O francês Alain Cocq, 57 anos, que sofre de uma doença rara incurável, decidiu abandonar o tratamento e transmitir nas redes sociais os últimos momentos de sua vida. A decisão ocorreu após o presidente Emmanuel Macron negar a eutanásia, procedimento que faz o paciente morrer sem sofrimento.
Paralisado há 34 anos por causa das dores, Alain teve as paredes das artérias coladas por causa da doença, o que provocou “isquemia” –parada da circulação sanguínea.
Alain Cocq só consegue se alimentar por meio de um tubo, além de passar por descargas elétricas a cada “dois ou três segundos”.
“Meus intestinos esvaziam em uma bolsa. Minha bexiga esvazia em uma bolsa. Não posso me alimentar, então eles me alimentam como um ganso, com um tubo no meu estômago. Não tenho mais uma vida decente”, disse Alain à agência de notícias AFP.
O não de Macron
Alain Cocq tomou sua decisão depois de receber uma negativa à carta que mandou para o presidente francês Emmanuel Macron pedido para que ele autorizasse um médico a prescrever um remédio que lhe permitisse “partir em paz”.
Posted by Alain Cocq on Thursday, September 3, 2020
“Como não estou acima da lei, não posso concordar com sua exigência. Não posso pedir a alguém que ignore o atual quadro jurídico”, respondeu Macron.
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