É muito importante estar alerta para a incidência das principais doenças que causam morte no Brasil e no mundo. Dentre elas, destacam-se o infarto do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC), que juntas, matam cerca de 110 mil pessoas por ano no País. Apesar de serem mais frequentes com o avançar da idade, podem afetar qualquer pessoa e em qualquer lugar.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registrados aproximadamente 27 mil internações no SUS por AVC na faixa etária de 15 a 39 anos, entre 2014 e abril de 2017. O Data SUS mostra, em sua última apuração, que houve 589 internações de jovens, em decorrência de infarto em um período de nove meses.
De acordo com a Dra. Sheila Martins, Presidente da Rede Brasil AVC, o Infarto e o AVC acontecem em jovens por um conjunto de fatores, como hábitos de vida nocivos, histórico familiar e doenças crônicas. “O tabagismo, sedentarismo, má alimentação, ansiedade e estresse são alguns dos elementos que aumentam a suscetibilidade. A hipercolesterolemia – colesterol ruim elevado – e doenças crônicas, como o diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, tornam o risco ainda maior.”
Para a Dra. Sheila, o espectro de causas é maior nos pacientes jovens, sendo os distúrbios de coagulação e o uso de drogas algumas condições agravantes.
Considerada a doença que leva ao maior índice de incapacidade funcional no mundo, o AVC ocorre de duas maneiras:
A primeira é a hemorrágica:
É quando acontece ruptura de vasos responsáveis pela irrigação cerebral.
A segunda é a isquêmica:
Responsável por 85%5 dos casos, a isquêmica ocorre quando há obstrução das artérias e consequente redução da circulação sanguínea, com sofrimento da região cerebral acometida.
Já o infarto é causado pela obstrução de alguma artéria do coração. Em ambas as doenças, coágulos podem contribuir para a interrupção do fluxo sanguíneo e funcionamento normal dos órgãos mas, no infarto, o maior causador das obstruções é o acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias.
Atendimento rápido é crucial
Tanto em caso de AVC, quanto no caso de infarto, cada minuto faz diferença e o atendimento rápido é essencial para evitar sequelas graves e até salvar vidas. No caso do AVC isquêmico, quanto mais tempo a artéria obstruída impedir a circulação de sangue em determinada área do cérebro, mais células locais, chamadas de neurônios, irão morrer, aumentando e intensificando a chance de sequelas graves.
Sendo assim, para alertar a população sobre a importância do rápido atendimento ao paciente que está sofrendo um AVC ou infarto, foi criada a campanha “A Vida Conta”, que é uma iniciativa da associação de pacientes Rede Brasil AVC em parceria com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e apoio da Boehringer Ingelheim.