Jovem salva amigo que teve convulsão a 8 mil km de distância - Ecoo

Jovem salva amigo que teve convulsão a 8 mil km de distância

Um adolescente britânico foi salvo por uma amiga americana depois de sofrer uma convulsão enquanto jogavam videogame. Detalhe: eles estavam a cerca de 8.000 km um do outro. O caso ocorreu no dia 2 de janeiro.

A texana Dia Lathora, 21 anos, percebeu que Aidan Jackson, 17, estava tendo uma convulsão e imediatamente ligou para o serviço de emergência de Widnes, cidade em que mora o amigo virtual, e uma equipe foi deslocada até a residência do jovem.

Crédito: Reprodução/FacebookA americana Dia Lathora salvou o britânico Aidan Jackson durante um jogo online

“Coloquei os fones de ouvido de volta e ouvi algo que eu apenas podia descrever como convulsão. Então comecei a procurar um número de emergência”, disse a jovem ao jornal Liverpool Echo.

A mãe do adolescente estava na parte de baixo da casa e não imaginava que a vida do filho estava em perigo.

“Estávamos assistindo a TV e Aidan estava na parte de cima, no quarto dele. De repente vimos dois carros da polícia parando em frente”, contou Caroline Jackson  à BBC.

“Achei que estavam na área por outra razão. E então eles se dirigiram à nossa porta. Somos muitos gratos pelo que Dia fez. Ficamos chocados por estarmos no andar de baixo e não termos ideia do que estava acontecendo”.

A crise convulsiva ou convulsão ocorre devido a um aumento excessivo e desordenado da atividade elétrica das células cerebrais, nesse caso os neurônios. Esta atividade elétrica alterada, é em muito dos casos, o causador  das alterações motoras de uma crise convulsiva, muitas vezes caracterizada por movimentos desordenados, repetitivos e rápidos de todo o corpo.

Além disto, a convulsão também pode ocasionar perda temporária de consciência, aumento da salivação, ranger de dentes, perda do controle do processo urinário e defecação.

As crises convulsivas nem sempre estão associadas com a epilepsia, pois diversos fatores podem desencadeá-la tais como: febre alta; diminuição do açúcar no sangue; desidratação; febre alta; pancadas fortes na cabeça; perda excessiva de sangue; tumores; intoxicações por álcool, medicamentos ou drogas ilícitas, dentre outros fatores…

De acordo com a neurocientista Janise Dal Pai, não é incomum as pessoas se assustarem ao se depararem com alguém tendo uma crise convulsiva e, em função disto, as mesmas sentem-se temerosas em auxiliar. No entanto, para aquele que sofre a convulsão a ajuda é de extrema importância, visto que durante o processo convulsivo o risco de lesões em decorrência da perda brusca ou muito rápida da consciência pode ocasionar queda desprotegida ao chão, o que pode gerar ferimentos e até mesmo fraturas.

A crise convulsiva não é um processo contagioso ou transmissível, sendo assim, não há qualquer risco para aquele que auxilia um indivíduo nesta condição.

O que fazer

  • Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu redor;
  • Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
  • Acomode o indivíduo em local sem objetos dos quais ela pode se debater e se machucar;
  • Utilize material macio para acomodar a cabeça do individuo, como por exemplo; um travesseiro, casaco dobrado ou outro material disponível que seja macio;
  • Posicione o indivíduo de lado de forma que o excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em alguns casos) escorram para fora da boca;
  • Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa respire melhor;
  • Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a consciência;
  • Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir cansada e confusa, explique o que ocorreu e ofereça auxílio para chamar um familiar.Observe a duração da crise convulsiva, caso seja superior a 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica.

O que não deve ser feito durante a crise convulsiva:

  • Não impeça os movimentos da vítima, apenas se certifique de que nada ao seu redor irá machucá-la;
  • Nunca coloque a mão dentro da boca da vítima, as contrações musculares durante a crise convulsiva são muito fortes e inconscientemente a pessoa poderá mordê-lo;
  • Não jogue água no rosto da vítima.



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