Na contramão do discurso irresponsável do presidente Jair Bolsonaro em cadeia nacional de rádio e TV, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado que a juventude não está imune ao novo coronavírus, que pode levar pessoas a internações e até à morte, independentemente da idade.
Em entrevista coletiva virtual na última sexta-feira (20), o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, enfatizou que os jovens devem levar a sério a quarentena, evitando aglomerações, contato com outras pessoas e, principalmente, contaminar os mais velhos e vulneráveis.
Segundo Ghebreyesus, mesmo estando assintomáticos, as escolhas dos jovens podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Principalmente em um cenário de transmissão comunitária, como o vivido no Brasil, em que não é mais possível identificar a origem da contaminação.
Em outra coletiva, na semana passada, a OMS já havia alertado que a preocupação não deve ser apenas com os idosos e informou já haver registro de mortes de crianças.
De acordo com o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, as crianças tendem a ter os sintomas mais leves, mas não estão imunes à gravidade da doença. “Esta é uma doença séria. Embora a evidência que temos sugira que aqueles com mais de 60 anos correm maior risco, jovens, incluindo crianças, morreram”, disse.
Coronavírus no mundo
De acordo com a OMS, “a disseminação do coronavírus está acelerando”. Até esta quarta-feira, 25, já foram registrados mais de 400 mil casos em 196 países, com mais de 19 mil mortes, segundo balanço feito pela Universidade Johns Hopkins, que acompanha a disseminação do vírus em todo o mundo.
Sintomas de coronavírus
Febre, dificuldade de respirar, dor de garganta, cansaço e tosse seca são sintomas comuns da gripe, mas também da covid-19. Se você apresentar gravidade desses sintomas, a orientação do Ministério da Saúde é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
As redes de emergência, como hospitais e prontos-socorros, devem ser evitadas para dar espaço apenas para os casos mais graves de saúde ou para as pessoas pertencentes aos grupos de risco, como idosos e os portadores de doenças crônicas e pacientes que passam por quimioterapia.
Leia mais na matéria abaixo: