O médico chinês Li Wenliang, o primeiro a alertar sobre a ameaça do coronavírus, morreu em decorrência da infecção. Sua morte foi confirmada pelo Hospital Central de Wuhan, onde ele trabalhava e estava sendo tratado.
No final de dezembro, Li publicou um alerta em um aplicativo chinês de mensagens aos colegas médicos sobre o surto, informando que sete frequentadores de um mercado local de frutos do mar haviam sido diagnosticados com uma doença parecida com a SARS e estavam internados.
Três dias depois, autoridades sanitárias do país o convocaram acusando-o de espalhar boatos online e perturbar gravemente a ordem social. Era uma tentativa de minimizar a gravidade do surto.
A morte do médico, confirmada nesta sexta-feira, causou revolta generalizada na China, onde ele foi visto como um herói.
De acordo com os jornais locais, Li, que era oftalmologista, teria pego o vírus ao tratar de uma mulher com glaucoma, infectada com o coronavírus.
Epidemia de coronavírus
As mortes causadas pelo novo coronavírus já passam de 600 e o número de pessoas infectadas não para de crescer. De acordo com o último balanço oficial, já são mais de 31 mil os casos. Além de China, a variante do vírus já chegou a países como os Estados Unidos, Austrália, Japão, França, Alemanha e a lista só aumenta a cada dia. No momento, 9 casos suspeitos estão sendo investigados no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Não ha nenhum confirmado até agora.
Quais sintomas do novo coronavírus
O novo coronavírus faz parte de uma ampla família de vírus e os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado, com febre, tosse, falta de ar e dificuldades respiratórias. Em casos mais graves, pode haver síndrome respiratória aguda grave, condição que exige ventilação mecânica.
Como prevenir?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
- evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
- realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
- utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- manter os ambientes bem ventilados;
- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
- evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Saiba mais sobre os sintomas e formas de transmissão no link abaixo.
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