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Grupo quer enfraquecer acordo de 2018 e propõe plano de metas voluntárias
A Organização Marítima Internacional (IMO), regulador de navegação no âmbito da ONU, realiza esta semana uma rodada de negociações online com representantes dos 174 estados membros para estabelecer um plano de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. As tratativas vão priorizar medidas de curto prazo para que os 60 mil navios comerciais, que juntos transportam 80% do comércio global, avancem nessa redução antes de 2023, antecipando o pico de emissões para o quanto antes.
Por que o Brasil foi contra?
A economia brasileira é uma grande exportadora de commodities – produtos que pesam muito, ocupam espaço considerável nas embarcações e não têm valor agregado elevado. A situação é oposta à dos exportadores de produtos industrializados, sobretudo os de tecnologia, que pesam pouco, valem muito e podem ser transportados em aeronaves. O país também está distante dos maiores mercados globais, e as pesadas embarcações carregadas, por exemplo, com minério de ferro, percorrem longas distâncias até chegar à China ou à Europa, emitindo quantidades exorbitantes de gases causadores do efeito estufa no trajeto.
“Não há dúvidas de que a taxação das emissões da navegação será um golpe para o Brasil, mas não adianta entrar numa lógica de vitimização. Processos como esse fazem parte da história do capitalismo”, avalia Alexandre Szklo, pesquisador do Centro de Economia Energética e Ambiental do COPPE/UFRJ e um dos coordenadores do estudo encomendado pelo iCS. Para Szklo, será um trabalho árduo reduzir as emissões da navegação internacional a 50% dos níveis de 2008 como determina o pacto da IMO. E caso a reivindicação de metas não obrigatórias até 2030 tenha sucesso nesta semana, a transformação tecnológica da indústria naval seria sensivelmente prejudicada.
“Aqui estaríamos indo aquém de metas de ganhos de eficiência, o que é um passo atrás realmente grande, para além da própria questão dos combustíveis alternativos”, avalia. “Caso após 2030 queira-se voltar para metas mais rigorosas, o papel de combustíveis alternativos e tudo que os envolve (logística, motorização, tancagem e produção) se tornará ainda mais dramático.”
#Envolverde
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