Um novo e simples exame de sangue foi descoberto para detectar de maneira eficiente e precisa a presença de câncer de próstata agressivo, de acordo com um estudo realizado pela Universidade Queen Mary de Londres.
Em combinação com o atual teste de antígeno prostático específico (PSA), o novo teste pode ajudar os homens a evitar biópsias invasivas.
O câncer de próstata é o câncer mais comum nos homens ocidentais, com 1,3 milhão de novos casos sendo diagnosticados a cada ano em todo o mundo. Atualmente, é detectado usando um exame de sangue que mede os níveis de PSA. Embora ele forneça diagnóstico precoce, o exame de sangue do PSA tem uma baixa especificidade (muitos falsos positivos), com cerca de 75% de todos os resultados positivos do PSA, terminando com biópsias negativas que não detectam o câncer.
Quando um nível alto de PSA no sangue é detectado, o paciente é submetido a uma biópsia invasiva de tecido da próstata. Na biópsia, a maioria dos pacientes com níveis elevados de PSA não apresenta câncer.
Células tumorais circulantes
O novo exame de câncer de próstata detecta células cancerígenas precoces – ou células tumorais circulantes (CTCs) – que deixaram o tumor original e entraram na corrente sanguínea, de onde poderão se espalhar pelo corpo.
Quantificar as células cancerígenas vivas intactas no sangue do paciente, em vez da proteína PSA – que pode estar presente no sangue por outras razões que não o câncer – resulta em um exame mais preciso.
O estudo, publicado no Journal of Urology, analisou o uso do teste CTC em 98 pacientes pré-biópsia e 155 pacientes com câncer de próstata recém-diagnosticados.
A equipe de pesquisa descobriu que a presença de CTCs nas amostras de sangue pré-biópsia eram indicativas da presença de câncer de próstata agressivo e previu de forma eficiente e não invasiva o resultado posterior dos resultados da biópsia.