Até esta segunda-feira, 23, de acordo com dados oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus já matou 14.652 pessoas. O número, que leva em consideração apenas os últimos três meses da existência da covid-19, já se aproxima, e deve passar rapidamente, das vítimas fatais deixadas pela pandemia de H1N1 que durou dezesseis meses, entre 2009 e 2010. Ao todo, a influenza A vitimou 18.449 pessoas naquele período.
Esses números são para óbitos comprovados em laboratório na pandemia, pelos critérios da organização de saúde — há casos em ambas as doenças não reportados, e as estimativas são de números bem maiores de mortes.
A comparação dos dados reforça os avisos da OMS para a necessidade de um rápido controle sobre a doença, já que o potencial de letalidade da covid-19 se mostra bastante superior ao da influenza A.
A pandemia do H1N1 teve início em abril de 2009, na região entre México e EUA. Em junho daquele ano, a OMS declarou pandemia da doença, e manteve o status pandêmico até agosto de 2010. No último relatório da entidade, houve a contabilização de 18.449 mortes no mundo, em um total de 651 mil casos, oficializando a letalidade do caso em 2,8%. Após o surto, novos estudos mostraram que houve um número muito maior de infectados e de mortos, e baixou o percentual de letalidade da influenza A para 0,026%.
Enquanto isso, o novo coronavírus foi identificado na China em 8 de janeiro de 2020 — já havia pessoas com doenças respiratórias na província de Wuhan, epicentro do vírus, desde dezembro. A OMS declarou pandemia da doença em 12 de março. E, agora, até o final da noite de ontem, a organização apontava as 14.652 mortes para um total de 334.981 casos confirmados em laboratório. Em casos oficiais, a letalidade seria de 4,37%.