O novo caminho das pedras - Ecoo

O novo caminho das pedras

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O ouro é um porto seguro para os investidores em pânico com os mergulhos do mercado acionário. Pela alta liquidez, seu valor subiu mais de 40% neste ano de pandemia. Apesar do bom momento, esses quilates que seduzem as carteiras mais conservadoras não parecem apontar para o futuro da joalheria brasileira. As gemas coradas e os formatos arrojados são o que de melhor o país oferece ao mercado internacional. Hoje, o Brasil é visto como fonte de pedras e metais preciosos, e também de designers e empresas que começam a levar para as avenidas de consumo conceitos como acessibilidade e sustentabilidade.

Carla Amorim, Silvia Furmanovich e Ara Vartanian são três nomes da extensa lista de autores brasileiros que transitam nos tapetes vermelhos com a palavra da vez: transparência. Assim como o varejo de roupas vem revendo métodos de produção e contratos com fornecedores para provar que está livre de trabalho escravo e do uso de matérias-primas poluentes, o mercado de joias pesa ainda mais a mão no compliance para ganhar o selo de sustentável. Entre as certificações do segmento está a conflict free, comprovação de que um diamante não foi extraído para financiar conflitos armados, prática comum na África até poucos anos atrás.

Um dos principais nomes dessa nova corrente é Fernando Jorge. Provavelmente o mais festejado designer brasileiro de sua geração, aos 40 anos de idade e com menos de dez à frente da marca própria, Jorge tem entre suas clientes celebridades como a atriz Amy Adams, a cantora Beyoncé e a ex-primeira-dama americana Michelle ­Obama. Ele está sediado em Londres, celeiro dos joalheiros de olho nas carteiras do Oriente Médio, onde desenha peças que ganharam fama pelo viés arquitetônico.

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