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É bem provável que você já tenha sentido tremores nas pálpebras alguma vez na vida e pode ser que ultimamente esses episódios tenham se intensificado por conta do contexto de pandemia em que estamos vivendo.
Essa pequena contração involuntária continuada, geralmente, desaparece em dois ou três dias, mas em alguns casos pode se prolongar por mais tempo.
Segundo o oftalmologista André Borba, especialista em oculoplástica pela Universidade da Califórnia, a mioquimia – nome dado a esse tremor da pálpebra – é um dos problemas que pode acontecer com qualquer pessoa que esteja com alto nível de estresse, ansiedade, fadiga, excesso de trabalho ou que tenha dormido pouco. “A mioquimia é uma contração involuntária localizada, rápida e espontânea de um ou mais músculos. É mais frequente na pálpebra mas pode ocorrer em outros pontos da face e até em mãos ou pés”, explica o especialista.
O estresse, segundo Borba, é o maior desencadeador desse desconforto, mas, além das causas citadas acima, o tremor na pálpebra também pode ter ligação com outro hábito comum entre os brasileiros: tomar café em excesso. Outros hábitos, como consumo de bebidas alcoólicas e exercícios físicos pesados também podem despertar a condição.
O que fazer para atenuar ou evitar o desconforto
Não há muita razão para se preocupar com os tremores esporádicos porque, geralmente, eles se resolvem sozinhos com a diminuição do estresse e fadiga do momento. “Por isso, a maioria dos casos não exige medicação e apenas compressa com água morna auxilia na melhora da tensão muscular do local. Aumentar a ingestão de água, diminuir o consumo excessivo de cafeína e álcool, descansar e meditar também ajudam muito”, complementa.
Nos casos em que o tremor prevalece por muitos dias a ponto de incomodar a rotina diária, é necessário procurar um especialista para uma investigação porque há uma doença que se manifesta de maneira parecida, mas não tem cura. Essa condição é chamada de blefaroespasmo e atinge principalmente pessoas a partir dos 60 anos. Nesse caso, há contração das pálpebras de forma automática.
“Normalmente a doença começa de forma discreta e aos poucos vai se intensificando. A pessoa pisca sem parar a ponto de não enxergar. Nos casos avançados do blefaroespasmo, a doença pode prejudicar totalmente a visão e atrapalhar o dia a dia e a execução de atividades simples do cotidiano como cozinhar, dirigir e ler”, alerta.
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