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o que você precisa saber sobre o procedimento

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A procura pela cirurgia bariátrica sofreu um boom na últimas décadas. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, só no Brasil, mais de 100 mil cirurgias são feitas todos os anos, o que coloca o país na segunda posição nesse tipo de procedimento, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

A cirurgia é um recurso usado por quem tem sérios problemas de saúde por conta do sobrepeso e não consegue ou tem dificuldades de emagrecer de maneira natural, com dietas e exercícios físicos.

No início, a cirurgia era indicada apenas para casos extremos de obesidade mórbida, mas, em 2016, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ampliou as indicações para os obesos graves (IMC acima de 30) que têm dificuldade de emagrecer  e reduzir a pressão ou controlar o diabetes ou outras doenças relacionadas ao excesso de peso.

O procedimento cirúrgico envolve alterações no sistema digestivo. Dependendo de como é feita, limita o quanto a pessoa pode comer ou reduz a capacidade do corpo de absorver nutrientes. Alguns procedimentos fazem as duas coisas ao mesmo tempo.

Crédito: Gilnature/istockHá basicamente 3 tipos de cirurgia bariátrica

Embora a bariátrica possa parecer uma solução mágica, como toda cirurgia, ela pode representar sérios riscos e efeitos colaterais. Por isso, os pacientes devem recorrer com consciência e com orientação médica.

Riscos

Os riscos associados à cirurgia bariátrica podem incluir:

  • Sangramento excessivo
  • Infecção
  • Reações adversas à anestesia
  • Coágulos de sangue
  • Problemas pulmonares ou respiratórios
  • Vazamentos no sistema gastrointestinal
  • Morte (rara)

Como é feita a bariátrica

A cirurgia bariátrica é feita no hospital usando anestesia geral. Isso significa que a pessoa fica inconsciente durante o procedimento.

As especificidades da sua cirurgia dependem da sua situação individual, do tipo de cirurgia para perda de peso e das práticas do hospital ou do médico. Atualmente, as cirurgias para obesidade são realizadas por videolaparoscopia,  através de pequenos cortes no abdômen.

Uma pequena câmera introduzida nesses cortes permite que o cirurgião veja e opere sem fazer grandes incisões tradicionais. Esse tipo de técnica permite uma recuperação mais rápida e mais curta.

Crédito: Vadym Terelyuk/istockCirurgia bariátrica é realizada sob anestesia geral

Para que o procedimento seja bem-sucedido ao longo prazo, a pessoa que opta por esse tipo de procedimento, deve fazer mudanças saudáveis ​​permanentes em sua dieta e manter um estilo de vida mais ativo.

Tipos de cirurgia bariátrica

Existem três tipos de cirurgia bariátrica: restritivas, disabsortivas e mistas. As cirurgias que apenas diminuem o tamanho do estômago são chamadas do tipo restritivo.

Já as disabsortivas usa uma técnica que permite ao paciente comer, mas atrapalha a absorção dos nutrientes, o que leva a pessoa ao emagrecimento. Elas também são conhecidas como “desvios do intestino”, pois desviam uma boa parte do caminho que os alimentos têm que passar, desta forma fazendo um circuito menor e propiciando uma absorção menor dos nutrientes. Esse tipo de cirurgia irá exigir uma necessidade de controle mais rígido quanto a distúrbios nutricionais do paciente.

Nas cirurgias mistas, as duas técnicas são associadas. Há a redução do tamanho do estômago e um desvio do trânsito intestinal.

Contraindicações

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica esclarece que em alguns casos, a cirurgia não pode ser realizada, como:

  • IMC entre 25,1 e 29,9 sem presença de complicações relacionadas ao sobrepeso
  • Deficiência intelectual significativa
  • Pacientes sem suporte familiar adequado
  • Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso contínuo de álcool ou drogas ilícitas
  • Doenças genéticas

Cirurgia pelo SUS

Os planos de saúde têm obrigação de cobrir os custos da operação para casos recomendados. Pelo SUS (Sistema Único de Saúde) também é possível fazer, desde que a pessoa interessada já tenha esgotado todas as possibilidades de tratamento clínico (medidas comportamentais e medicamentos) contra a obesidade.

Além disso é preciso cumprir os requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde; são eles:

  • Ter idade mínima de 16 anos;
  • IMC maior ou igual a 40; ou IMC maior que 35 associado a comorbidades, que são doenças diretamente ligadas a obesidade, como diabetes e hipertensão.

Os pacientes também precisam passar por avaliação por equipe médica multiprofissional integrada, que inclui acompanhamento médico, nutricional e psicológico.

O número de cirurgias bariátricas plo Sistema Único de Saúde (SUS) também tem disparado. Entre os anos de 2008 e 2017, houve um aumento de 215%. Os estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo são os que lideram a realização desse tipo de cirurgia pelo SUS.

Como pedir cirurgia bariátrica pelo SUS:

O primeiro passo para conseguir uma cirurgia bariátrica pelo SUS é passar por consulta no posto de saúde no qual está cadastrado. É necessário levar um documento original com foto e o cartão do SUS.

Na consulta, um médico irá avaliar se o caso e irá pedir alguns exames. Feito isso, com o resultado dos exames em mãos, o profissional irá verificar qual o tipo de bariátrica é a melhor opção e deverá recomendá-la via requerimento.

Porém mesmo com o requerimento do médico em mãos, a realização da cirurgia ainda não é algo simples e instantâneo. O paciente deverá entrar na uma fila de espera pela cirurgia, que pode demorar meses ou anos.

Também é possível fazer a cirurgia pleo plano de saúde, que tem obrigação de cobrir os custos com a operação para casos recomendados por médicos.

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