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O Super Guppy contra a Dengue

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Por Valéria Guerra Reiter –

Esta matéria faz parte do PEPE (Programa Envolverde de Parcerias Estudantis) 

Guaracy (o sol) é um peixinho muito forte, ele gosta muito de nadar, desde pequenino – Este lindo exemplar de guppy ou barrigudinho como é chamado vulgarmente sempre foi maior que seus irmãos…

Jaci, Itamar, Guarany, Tupã e Guaicuru que nasceram no verão de mil novecentos e oitenta e oito, dentro de um lago na cidade de Petrópolis, no rio de janeiro. O que deixou a mamãe Marina feliz, e ela ficou toda orgulhosa quando seus rebentos começaram a crescer: ela sabia que Guaracy seria alguém mui especial para o mundo.

A lua e as estrelas já brilhavam no meio daquela noite – Os sapos coaxavam, as cigarras cantavam seu canto triste e alegre ao mesmo tempo, para saudar aquele tempo de alegria; Guaracy dormia..

De repente ele acordou e percebeu que sons se espalhavam no ar: Crianças sorriam felizes, e seus pais e avós zelosos entoavam um mesmo hino: CUIDADO COM AS PEDRAS. NÃO VÃO ESCORRREGAR!

Jaci você está dormindo de novo? E você Guaicuru? Só pensa em se exercitar. Não entendo meus irmãos conformados com esta vidinha!

Até o Tupã que gosta de ler, só admira um único assunto: Comida. E o Itamar é um grande vendedor que negocia artemia, para a rapaziada maior: MOLINÉSIA, ESPADA, PLATY, ETC.

Só eu que fico bolando um jeito de mudar o MUNDO: Não só o nosso, mas também o do gênero humano.

E as vozes deles se confundiram com a voz de sua mãezinha que dizia: Guaracy cuidado com a preguiça, já passa de 11 horas da manhã! Seus irmãos já foram para Escola, e você meu filho entra daqui a uma hora…

O pequeno guppy com nome de Sol: Se arrumou bem rápido, e foi estudar carregando seus livros e cadernos, que faziam sua mochila quase explodir.

Chegou à escola o nosso herói, sim, pois nosso peixinho será um grande herói, sentou-se no banco escolar, e logo, logo, a professora eugenia iniciou seu discurso, e nesse dia seria ciências a matéria trabalhada…

Que belo! Pensou Guaracy, amo ciências, é uma de minhas matérias preferidas. Naquela data especial o tema da aula seria; a dengue, patologia transmitida pelo mosquito aedes aegypit, que também transmite a febre amarela, porém tem feito muitas vítimas com a dengue.

O peixinho ficou atentíssimo às palavras da professora, e fez algumas perguntas sobre tal virose.

E então a mestra explanou: “Muito provavelmente, o Aedes aegypti chegou ao Brasil através dos navios negreiros”. Após o trabalho de erradicação da febre amarela realizada no início do século passado, o Aedes aegypti chegou a ser dado como erradicado durante a Era Vargas. Muito provavelmente, o Aedes aegypti chegou ao Brasil através dos navios negreiros. Após o trabalho de erradicação da febre amarela realizada no início do século passado, o Aedes aegypti chegou a ser dado como erradicado durante a Era Vargas…

 Mas a erradicação não durou muito. Com o processo de industrialização e urbanização acelerada do país durante os anos 1940 e 1950: surgiram novos criadouros para os mosquitos como, por exemplo, pneus e ferros velhos, disseminados pela indústria automobilística. Então, em 1967, o Aedes aegypti foi detectado em Belém (provavelmente trazido em pneus contrabandeados do Caribe). Em 1974, o mosquito já infestava Salvador;  chegando ao Estado do Rio de Janeiro no final da década de 1970.

 Em 1986, dados assustadores foram registrados: em Nova Iguaçu 28% dos domicílios e 100% das borracharias da via Dutra tinham larvas do mosquito”.

 E O PEIXINHO FICOU MUI ATENTO, PENSATIVO E TRISTONHO AO MESMO TEMPO: O QUE PODERIA ELE FAZER PARA SALVAR TODOS OS HUMANOS DESSA SITUAÇÃO TÃO GRAVE?

Ele sabia que seu avô Aprígio fora um guppy muito chegado às tradições, e que sua mãe Marina já havia narrado a ele várias histórias da trajetória desse belo exemplar de guppy (que viveu bem mais do que a idade biológica da espécie sugere (média de dois anos).

 Vovô Aprígio viveu cinco anos, e isso foi algo transcendental para toda a espécie, que na verdade até hoje respeita a memória deste parente – e Guaracy tinha em sua história parental algo fascinante para revelar a toda à comunidade do lago: Seu avô se nutria de larvas de mosquito, o que o pequenino e forte Guaracy ainda não sabia é se o mosquito era o tal do Aedes aegypti…

 E então Guaracy descobriu que sim, que o tipo de mosquito que seu avo Aprígio engolia, sob a forma de larva, era o mosquito da dengue.

 Seu coração saltou pela boca de contentamento, ele poderia salvar o lago e consequentemente a fome de todos seus compatriotas, com isso ele, quem sabe, salvaria a população de continuar se infestando.

Ele arregimentou um exército, buscou todos os seus parentes, e amigos, e fez a festa – engoliu todas as larvas que estavam naquele ecossistema aquático.

E no final da grande batalha: Guaracy realizou o feito mais primoroso. Um mosquito resolveu desafiá-lo para um duelo, e ele não fraquejou, apesar de sair bem ferido desta desdita, nosso herói, com nome de astro-rei: fora vencedor… ele engoliu aquele exemplar gigante de Aedes aegypti pondo fim ao drama local e nacional…

Fim…

#Envolverde

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Fonte