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Mudança de posicionamento da entidade ocorre após estudo que questionava segurança da droga ser colocado em dúvida
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira, 3, que vai retomar os testes com a cloroquina e hidroxicloroquina contra o novo coronavírus.
O anúncio acontece após a entidade ter suspendido, por questão de segurança, um ensaio clínico que usava as drogas. A decisão anterior levou em consideração o maior estudo sobre a cloroquina que ligava a medicação a um risco maior de morte.
A mudança de posicionamento da OMS anunciada hoje tem uma explicação. Acontece que agora a revista científica “The Lancet“, que divulgou o estudo, publicou uma nota de preocupação em que coloca em dúvida algumas questões do trabalho. A publicação afirmou ainda que está sendo feita uma auditoria independente dos dados utilizados na pesquisa.
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O estudo em questão, publicado no dia 22 de maio na revista científica, foi feito 96 mil pacientes hospitalizados e apontava que o medicamento não só não seria benéfico para os doentes com covid-19, como também poderia causar uma piora cardíaca, levando-os a óbito.
Ao anunciar a retomada dos testes, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o grupo coordenado pela entidade decidiu continuar a pesquisa com as drogas, com base nas informações sobre mortalidade apontadas. “Os membros do comitê decidiram que não há motivo para modificar o protocolo do ensaio”, disse.
Essa mudança não significa que a OMS passou a recomendar a cloroquina ou a hidroxicloroquina, apenas que vai continuar testando para chegar a uma conclusão sobre sua eficácia. Vale dizer que ainda não existe nenhum remédio para o coronavírus com comprovação científica.
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