A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira, 16, que já há registro de morte de crianças em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Até então, a preocupação maior era com idosos, pessoas com doenças crônicas e fumantes.
De acordo com o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, as crianças tendem a ter os sintomas mais leves, mas não estão imunes à gravidade da doença. “Esta é uma doença séria. Embora a evidência que temos sugira que aqueles com mais de 60 anos correm maior risco, jovens, incluindo crianças, morreram”, disse Tedros.
Testes em massa
A entidade voltou a reforçar a necessidade de isolamento social para conter a pandemia de covid-19 e também ressaltou a necessidade de aumentar o número de testes aplicados.
“Temos uma mensagem simples para todos os países: teste, teste, teste. Teste todos os casos suspeitos, se eles tiverem resultados positivos, isole-os e descubra com quem eles entraram em contato dois dias antes de desenvolverem sintomas e testem essas pessoas também ”, disse Tedros.
Tedros não destacou nenhum país, mas líderes estaduais e locais nos EUA criticaram fortemente o governo Trump por adiar e limitar quem poderia fazer o teste no país.
No início do surto, os testes eram limitados a pessoas que haviam viajado recentemente para a China e apresentavam sintomas, ou pessoas sintomáticas e expostas a alguém já diagnosticado. Desde então, a agência expandiu suas diretrizes para incluir pessoas com sintomas que já estão no hospital ou com condições frágeis de saúde.
No Brasil, com o aumento do número de casos, o governo defendeu, na semana passada, a testagem apenas de pacientes em estado grave. Passariam a ser testadas apenas pessoas internadas com problemas respiratórios. Para os demais casos, valeria apenas o diagnóstico clínico.
Suspeita de coronavírus
Febre, dificuldade de respirar, dor de garganta, cansaço e tosse seca são sintomas comuns da gripe, mas também do novo coronavírus (Covid-19). Se você apresentar esses sintomas iniciais do vírus, a orientação do Ministério da Saúde é ligar no número 136 para buscar informações do que fazer ou procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
As redes de emergência, como hospitais e prontos-socorros, devem ser evitadas para dar espaço apenas para os casos mais graves de saúde ou para as pessoas pertencentes aos grupos de risco, como idosos e os portadores de doenças crônicas e pacientes que passam por quimioterapia.
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