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A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, nesta segunda-feira, 25, que interrompeu os testes com a cloroquina e a hidroxicloroquina no tratamento contra a covid-19. O anúncio, feito pelo diretor Tedros Adhanom Ghebreyesus, vem dias após um estudo publicado na revista científica ‘The Lancet’ apontar um maior risco de morte em pacientes que fazem o uso desses medicamentos.
O estudo foi feito com 96 mil pacientes hospitalizados e é o maior do mundo sobre o assunto. De acordo com a OMS a decisão foi pautada por questão de segurança.”O grupo executivo tem implementado uma pausa temporária do ramo da hidroxicloroquina no estudo Solidarity, enquanto os dados de segurança são revisados pelo conselho de monitoramento de segurança de dados”, disse Tedros.
A OMS informou que uma comissão formada por 10 países vai analisar dados disponíveis globalmente sobre as drogas. Vale dizer que elas são usadas há anos para tratar malária e doenças autoimunes. “Eu quero reiterar que essas drogas são aceitas como geralmente seguras para uso em pacientes com doenças autoimunes ou malária”, lembrou o diretor da OMS.
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Enquanto isso no Brasil…
Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou uma mudança no protocolo de tratamento da covid-19, universalizando o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para todos os pacientes do SUS, incluindo aqueles com quadros leves.
A decisão pelo uso, segundo determina o protocolo, cabe ao médico e ao paciente, que deverá declarar seu consentimento com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.
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Fato é que nenhum estudo, até o momento, apontou evidências robustas sobre a vantagem do uso de cloroquina e de seu derivado nos casos de covid-19. O que se sabe, no entanto, é sobre seus efeitos colaterais seríssimos, como arritmias cardíacas e alterações na visão. Há até mesmo um estudo brasileiro que precisou ser interrompido após pacientes tratados com cloroquina virem a óbito.
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