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Na coletiva de imprensa virtual desta segunda-feira, 22, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, pediu o aumento da produção mundial do remédio dexametasona para enfrentar a covid-19.
O corticoide, que já existe no mercado, tornou-se o primeiro tratamento capaz de reduzir mortes de pacientes com a doença em estado grave. O anúncio foi feito pelos pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido na semana passada.
Segundo os pesquisadores, o tratamento foi responsável pela sobrevivência de um em cada oito dos pacientes que usavam ventilação mecânica.
“O próximo desafio é aumentar a produção e distribuir a dexametasona de maneira rápida e equitativa em todo o mundo, concentrando-se em onde é mais necessária”, disse o diretor-geral da OMS.
Além da eficácia constatada em estudo, o remédio dexametasona é barato, e vários fabricantes já o produzem.
O diretor-geral da OMS fez questão de frisar que a dexametasona só deve ser usada em pacientes graves, sob supervisão médica rigorosa. “Não há evidências de que este medicamento funcione em pacientes com condições benignas ou como medida preventiva e pode causar danos”, disse.
Situação do Brasil preocupa OMS
Na coletiva, a OMS também demonstrou preocupação com o Brasil, que é o segundo país com o maior número de infectados pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.
“Houve um aumento de casos no Brasil nas últimas 24 horas. E o país deve ter mais casos que os relatados. Dessa perspectiva, o número de casos reportados deve ter uma subnotificação”, observou o diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Michael Ryan.
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