Um projeto lindo e muito sensível tem levado apoio emocional a pessoas que estão em tratamento contra o câncer. Através do Portal SuperAção, esses pacientes e seus familiares recebem carinho e motivação de quem passou exatamente pelo mesmo e se curou.
“A gente só consegue suportar o tratamento com o apoio das pessoas”, afirma Lia Mantovanni, que venceu um câncer de mama e hoje atua como voluntária.
Em dois anos de projeto solidário, mais de 300 pessoas já formaram essa teia de conexão e empatia. Após a cura, muitos dos que receberam ajuda acabam se tornando voluntários, ou ‘anjos’, como são chamados, para retribuir o amor que receberam.
“A Lúcia e o Michel foram pessoas fundamentais. Quando eu desabava, eles me davam conforto e me levavam a um ponto em que eu superava tudo com eles pelo computador”, conta Ana Pereira Pereira sobre seu processo de tratamento. “O dia em que eu puder e alguém me chamar para ser uma anja, com certeza eu serei uma ótima anja, como eu aprendi junto com eles”, diz.
As trocas informais entre os anjos e os pacientes através do site tem a supervisão de um profissional da saúde voluntário, o chamado ‘Arcanjo’. O papel dele é acompanhar esta interação, oferecendo apoio, ajuda, estímulos, novas ideias e estratégias, caso necessitem.
O site funciona com um ponto de encontro, um contato inicial. O paciente se cadastra para receber apoio e tem acesso a relatos e conteúdo feito por outros pacientes e profissionais da área de saúde, no formato de atividades online e gratuitas em medicina complementar.
Depois do primeiro contato entre os anjos e os pacientes em tratamento, a relação fica tão próxima que eles trocam mensagens pelo WhatsApp, Facebook e até se encontram pessoalmente.
A troca é fundamental no processo de cura
Diagnosticada com câncer de mama em 2013, Águeda Nunes encontrou na família o primeiro apoio. O marido que já havia vencido um câncer de rim foi seu exemplo de superação e grande incentivador. “Ele falou: ‘Olha para mim, estou aqui inteiro e passei por isso’”, recorda
Na época, ela também sentiu a necessidade de dividir suas angústias e batalha com outras pessoas e criou o grupo “Câncer de mama um desafio”, um dos maiores de apoio mútuo para pacientes oncológicos no Facebook. “O grupo foi crescendo e, quando eu vi, éramos 3 mil. Então, quer dizer que não foi só comigo. Através do grupo, quando eu fui buscar apoio, eu acabei apoiando”, afirma.
E para quem ainda está em processo de enfrentamento, ela recomenda coragem. “Não pode desistir, você tem que continuar buscando os sonhos que você tem, se aproximar de quem você gosta. A cura existe, apesar do câncer ter esse nome feio, ser esse monstro, né? Mas, no final, o monstro não é tão feio assim, não”, afirma.
Veja abaixo o relato dela para o Portal SuperAção:
“Para mim o divisor de águas entre o antes e depois do câncer, foi sobretudo reconhecer a finitude da vida. Isso me fez rever conceitos, valores, desejos e comprometimentos que eram quase sempre adiados esperando um melhor momento ou melhor hora. Se antes a família já era importante, durante e depois do tratamento esse aconchego se tornou vital para minha estrutura e aproveitar todas as possibilidades de convívio e tempo com eles, é a prioridade do topo da minha lista de uma forma muito mais abrangente e significativa. Cada momento é único e de valor imensurável.
Irônico é que tantas coisas que eu antes julgava importantes e até mesmo cruciais, após o câncer foram reduzidas a nada e as coisas mais simples que eu pouco valorizava, se tornaram as mais importantes. Conceitos que mudam. Fazer algo que fosse um diferencial para apoiar pessoas que como eu, que vivenciam um universo tão particular como o enfrentamento do câncer, foi um comprometimento que me recompensa enormemente dia a dia. Poder ser útil mesmo dentro das minhas limitações, ajudam-me a transpor e acreditar que as emoções e sentimentos são mais intensos e significativos quando compartilhados. Mostrar que lidar com o medo fortalece a coragem. Também não existem preocupações e planos para longo prazo e isso na verdade é um alívio. Porque ao planejar um futuro muito distante, compromete o presente que hoje para mim é fundamental. Fazer escolhas é tão mais fácil. Desacelerar… Os pequenos desejos e projetos menos complexos são mais urgentes e mais absolutos. E por fim, uma grande e enorme gratidão, por cada amanhecer e cada pôr do sol, cada noite estrelada ou dia chuvoso que antes passavam quase que despercebidos. O câncer talvez não tenha dado uma forma diferente de ver a vida, mas sim de aprender a vivê-la…”
Águeda Nunes – Câncer de Mama
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