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Por Sucena Shkrada Resk* –
Esta pandemia reitera o quanto é crucial o investimento no capital humano científico
Nós, individualmente e como integrantes do coletivo da humanidade procuramos um norte, nesta pandemia da Covid-19. Neste horizonte de incertezas, a “bússola” leva a uma área que nos últimos tempos não tem recebido a devida valorização, que é a Ciência, como fonte primária confiável. Por trás dela, há um capital humano capacitado que carece de investimento constante do poder público e reconhecimento da sociedade para poder exercer seu trabalho envolto nos quesitos da imersão e ética, que resulta nesta credibilidade, que gera esperança. São epidemiologistas, infectologistas, biólogos, bioquímicos, biomédicos, engenheiros, patologistas, sanitaristas e cientistas sociais, entre outros diferentes segmentos.
Em recente pesquisa realizada pela consultoria Edelman Trust Barometer, que tratou do tema ‘Confiança e o Coronavírus”, o resultado divulgado em 16 de março deste ano, expõe que, na média geral, 85% disseram que precisam ouvir mais os cientistas e menos os políticos. Foram entrevistadas 10 mil pessoas on line divididas em grupos de mil por país, no Brasil, África do Sul, Alemanha, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Aqui no Brasil, algumas instituições de ponta têm canalizado esforços principalmente no campo de testes para detectar a doença, produção ou avaliação de medicamentos e pesquisas com objetivo de produção de vacinas. Grande parte é pública (tanto na área federal, como estaduais). Em outra frente, pesquisadores estão produzindo equipamentos e insumos para o atendimento em hospitais para suprir o esgotamento nas unidades, principalmente de respiradores para os pacientes em estado mais grave e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos trabalhadores da saúde.
Há anos, entretanto, boa parte dos centros de pesquisa se deparam com uma linha tênue quanto ao desafio da falta de recursos públicos/privados e reconhecimento como meio crucial para o desenvolvimento das nações e do planeta. Na linha de frente, grupos de pesquisadores dependem de bolsas de pesquisa e os laboratórios necessitam de manutenção e investimentos permanentes em insumos e equipamentos. É uma ciranda constante extenuante. A situação ficou mais caótica com a redução de recursos na Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Neste grupo de instituições localizadas em diferentes partes do país no combate à Covid-19, vale conhecer e valorizar a história e trabalhos que estão sendo desenvolvidos entorno do combate à Covid-19, por alguns polos como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Foi criado um link que congrega todas as ações em andamento (https://portal.fiocruz.br/coronavirus). O Instituto Butantan, na Universidade de São Paulo (USP) é mais uma referência importante, como também o Instituto de Medicina Tropical da USP e outros centros de pesquisa na instituição, além do Centro de Pesquisa Clínica da Unicamp.
Entre as universidades federais, estão a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e as de Brasília (UnB); Minas Gerais (UFMG); da Bahia (UFBA); do Ceará (UFC); do Rio Grande do Norte (UFRN); o Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), entre outras.
Nesta lista, também está o Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBio-CNPEM)
Para estabelecer um alinhamento geral, o Ministério da Saúde criou o Guia de Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da Covid-19, em abril deste ano.
Com uma lente de aumento sobre o processo de pesquisas sobre a Covid 19 no mundo, uma fonte importante de informação é a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre as instituições em destaque, no monitoramento da pandemia, está a Johns Hopkins – Bloomberg School of Public Health, nos EUA.
Valorizar o trabalho desenvolvido por esta rede de cientistas, portanto, é valorizar iniciativas concretas em busca do bem-estar da humanidade, que não são calcadas em achismos e, por vezes, são mais demoradas porque precisam atender a protocolos éticos e seguros até seus resultados ou produtos estarem liberados à sociedade. Apesar de os esforços serem grandes para esta aceleração, devido à pandemia, é importante destacar que a ciência não trabalha no ritmo “fast food”.
*Sucena Shkrada Resk – jornalista, formada há 28 anos, pela PUC-SP, com especializações lato sensu em Meio Ambiente e Sociedade e em Política Internacional, pela FESPSP, e autora do Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk (https://www.cidadaosdomundo.webnode.com), desde 2007, voltado às áreas de cidadania, socioambientalismo e sustentabilidade.
#Envolverde
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