Os padrões de beleza estão sendo ressignificados pelo mercado e principalmente pelo consumidor. O modelo de beleza eurocêntrico até então tido como o ideal a ser seguido, perde espaço e da lugar a beleza da mulher real. Diversas marcas saem na frente nesse assunto e mudaram completamente sua publicidade, escolhendo mulheres com as quais a maioria da população se identifica para estamparem suas propagandas. Hoje em dia o que vale é a real história contada pela marca e a conexão que ela vai criar com a cliente. Estamos na era da sustentabilidade, da verdade e de como isso vai impactar positivamente o outro e o meio em que vivemos.
Homenageados em 2018 no Prêmio Ecoera na categoria, Moda/Gênero pequenas empresas, o Coletivo de Dois, é formado pelos estilistas Hugo Mor e Daniel Barranco, que utilizam sobras de tecidos para construir peças autorais e cheias de personalidade. Tudo é pensado no cenário sustentável e seguindo os valores do slow fashion. A dupla é responsável por todo o processo de produção e logística, reaproveitam os tecidos até o limite e inclusive o papel kraft das modelagens viram sacolas da marca. O coletivo incentiva a beleza de mulheres reais e tem como modelos da marca mulheres plus size, além de uma seleção de musas que representam este segmento.
Mundialmente famosa a cantora e empresária, Rihanna, levou através de sua marca a ,Savage x Fenty, diversidade para as passarelas em um desfile de lingerie. Mostrando que a sensualidade pode ser admirada em todos os tipos de corpos, Rihanna apresentou um casting com modelos plus size, grávidas e de todas as etnias. Em plena semana de moda em Nova York, a marca deu um show de pluralidade e quebrou os padrões estabelecidos pela moda.
Nesta Ecoera é essencial termos empatia pela diversidade e que as marcas se posicionem. Trabalhar com mulheres reais em suas campanhas ajuda na reconstrução do ideal inatingível pelo tangível. Quebra um conceito irreal de beleza e faz com que todas as pessoas se reconheçam e se sintam representadas.