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O mundo não consegue chegar a um consenso sobre que medidas tomar para evitar uma tragédia maior do que a prevista inicialmente com relação ao Covid-19. Enquanto alguns governantes pregam políticas públicas com o intuito de garantir o bem-estar da população, outros preferem focar numa abordagem para garantir que a economia não pare. No meio dessa confusão de opiniões e, suas peculiaridades, o povo assiste confuso a tanta desinformação.
E pensar que muito antes dessa loucura, em 1977, Raul Seixas, o Maluco Beleza, havia cantado em uma de suas canções o que aconteceria se a Terra parasse por um dia!
O fato é que hoje a sensação que temos por estarmos em confinamento forçado, aguardando nossas vidas voltarem ao normal é que, se a Terra não parou, ela diminuiu drasticamente seu ritmo. As ordens de “lockdown” ao redor do mundo fecharam comércios, hotéis e indústrias, diminuíram a circulação de pessoas nas ruas e nos obrigaram a encontrar novas maneiras de passar o tempo, enquanto aguardamos o sinal para voltar as nossas ocupações anteriores. O nosso momento de lazer, virou rotina.
Seria de extrema valia para a humanidade aproveitar esse momento para fazer uma reflexão sobre seus atos e os efeitos acarretados na constante quebra que a humanidade impõe ao equilíbrio do planeta. Somos criaturas racionais, dotadas de inúmeras vantagens perante os outros membros do reino animal. Mas, em certos momentos, nos parece faltar uma conexão maior com o planeta: um respeito às suas limitações de recursos e aos outros seres que aqui habitam. Falta atenção aos sinais dados, demonstrando um certo incômodo a nossa soberba em acharmos os donos dele.
O ser humano parece não acreditar naquilo que os especialistas vêm dizendo ano a ano. Esse roteiro, chega em alguns momentos ser digno de uma superprodução hollywoodiana, na qual sempre existe um personagem tentando a todo custo informar as pessoas da tragédia que se aproxima, mas é ignorado com sucesso. Quando consegue ter seus avisos notados, assiste suas propostas de mudanças serem desvirtuadas e desacreditadas por puros conflitos ideológicos. Acordos sérios são descumpridos sem nenhuma dificuldade, sem nenhuma punição aos responsáveis. O abismo se aproxima numa velocidade imensa, mas poucos parecem dispostos a pisar no freio.
E então, logo agora, temos em nossas mãos a oportunidade de reavaliarmos a nossa relação com a nossa casa. Será que não era hora de a humanidade reduzir um pouco esse ritmo louco e ganancioso com que “governamos” o planeta? Por que para alguns é tão difícil entender que a vida não deveria se resumir a acumular recursos financeiros, em prol da destruição do único lugar no sistema solar habitável para a nossa estrutura molecular? Por que estamos assistindo tantas pessoas colocarem a situação econômica acima de vidas humanas?
O que isso tudo vai nos ensinar, quando no futuro as próximas gerações olharem para os feitos do passado, feitos que nós somos os responsáveis? Quem sabe um dia acordaremos dessa estupidez que não nos permite enxergar o óbvio: a terra não aguenta mais o peso que a humanidade lhe impõe. O planeta não precisa parar, como na canção de Raul. Mas não faria mal algum a ele, e nem a nós, se diminuíssemos o ritmo que estamos vivendo.
Só o tempo dirá o destino da humanidade…
* Deivison Pedroza é CEO da Verde Ghaia.
#Envolverde
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