O tratamento de Ana Maria Braga contra o câncer de pulmão já tem surtido efeitos. De volta, ao “Mais Você”, nesta segunda-feira, 2, a apresentadora contou ao público que seu tumor reduziu em 50% desde que iniciou a imunoterapia.
“É um tratamento que utiliza o sistema imune do paciente para combater o câncer. Não é novo. Existe desde o início da década de 80″, explicou a apresentadora. “A versão que estou recebendo é bem mais recente, mais moderna, e tem até um nome específico: inibidor de checkpoint”, contou.
Essa técnica, também chamada de inibidores de pontos de controle, tem se tornado cada vez mais frequente no tratamento oncológico.
Como funciona a técnica?
Os inibidores de checkpoint imunológico bloqueiam proteínas que estão expressas de maneira aumentada nos tumores e que dificultam o reconhecimento das células do tumor pelo sistema imune.
Desta forma, o sistema imune volta a poder reconhecer as células tumorais e, eventualmente, eliminá-las.
Atualmente, no Brasil, há três tipos inibidores de checkpoint aprovados, que se mostraram eficientes no tratamento de vários tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão, de rim, de bexiga, de cabeça e pescoço e linfoma de Hodgkin.
A administração destas substâncias é feita via intravenosa, é menos agressiva que a quimioterapia.
De acordo com a American Cancer Society, os efeitos colaterais normalmente são mais leves e incluem fadiga, náusea, tosse, alterações de apetite e erupções na pele.
O câncer de Ana Maria
No caso de Ana Maria Braga, ela garante estar bem, mas adiantou que poderá voltar a se ausentar do programa nos dias de tratamento. “Em resumo, estou indo bem, mas como diz o Buzaid – a missão é a cura e ele não tira o foco da missão. Então, posso me ausentar nos dias de fazer um novo ciclo… Algo perfeitamente previsível”, afirmou.
A apresentadora luta contra um adenocarcinoma pulmonar, tumor que começa nas células que revestem os alvéolos e produzem substâncias como muco. Segundo ela, esse câncer é semelhante aos outros dois já teve no passado, porém mais agressivo e não passível de cirurgia, nem radioterapia.
Fatores de risco para câncer de pulmão
O tabaco fumado em qualquer uma de suas formas causa até 90% de todos os cânceres de pulmão. Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também são responsáveis pelo desenvolvimento de câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas.
O risco também é aumentado para fumantes passivos, que são pessoas que convivem com fumantes em ambientes fechados respirando as mesmas substâncias tóxicas que o fumante inala.
Sintomas
Os sintomas de câncer de pulmão variam de pessoa para pessoa, mas vale dizer que – nas fases iniciais – nem sempre é possível perceber os sinais.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) lista os mais comuns:
- Tosse persistente
- Escarro com sangue
- Dor no peito
- Rouquidão
- Piora da falta de ar
- Perda de peso e de apetite
- Pneumonia recorrente ou bronquite
- Sentir-se cansado ou fraco
- Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns