Laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais revelou a presença de uma substância tóxica em duas garrafas de cerveja encontradas nas casas de pacientes internados com sintomas de uma síndrome desconhecida.
O dietilenoglicol, substância usada no processo de refrigeração de cervejas, foi encontrado em duas amostras da marca Belorizontina, da cervejaria Backer.
A ingestão da susbtância pode afetar principalmente os sistemas nervoso, cardiopulmonar e renal.
Uma pessoa morreu e outras sete estão internadas com sintomas da doença misteriosa. Dos oito infectados, seis estiveram no mesmo bairro de Belo Horizonte, o Buritis. Os casos começaram a aparecer em dezembro.
Paschoal Dermatini Filho, morador de Ubá e que estava internado em Juiz de Fora, na zona da Mata, morreu na última terça-feira, 7, Ele esteve no bairro de Buritis, em dezembro, para visitar a filha.
A doença provoca náusea, vômito, dor abdominal e são associados a insuficiência renal aguda grave de evolução rápida (em até 72 horas), seguida de uma ou mais alterações neurológicas, como paralisia facial, vista borrada, cegueira total ou parcial, entre outros.
Outro lado
Em nota, a cervejaria Backer disse que “está colaborando com os órgãos públicos de saúde, que estão realizando perícias em todo o seu processo de produção”. A cervejaria ainda declarou que a substância encontrada não faz parte do processo de produção da cerveja Belorizontina. Porém, por precaução, os lotes em que foram encontrados a substância dietilenoglicol serão retirados imediatamente de circulação