Um estudo feito pela Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, descobriu que o componente resveratrol, presente em sementes e cascas de uva escura, e também no vinho tinto, é capaz de bloquear uma enzima causadora da depressão e da ansiedade. O artigo foi publicado na revista científica “Neuropharmacology”.
De acordo com uma das pesquisadoras, Ying Xu, o resveratrol pode ser uma alternativa efetiva a medicamentos usados para tratar pacientes que sofrem de desordens ligadas a essas doenças.
Ela explica que os antidepressivos atuais tendem a se concentrar no controle das funções dos hormônios serotonina e noradrenalina no cérebro. Porém, somente um terço dos pacientes com depressão conseguem normalizar suas funções neurológicas, em resposta aos medicamentos. Como o resveratrol é capaz de inibir a expressão da enzima PDE4, poderia ser estudado e aplicado como alternativa.
Os efeitos da substância foram testados em ratos, que receberam o equivalente a até 10mg de resveratrol por quilo de peso corporal. Em um ser humano de 70kg, isso se traduziria em uma dose de 700mg – o equivalente a 350 taças de vinho tinto, uma quantidade que poderia ser letal.
Portanto, de acordo com os pesquisadores, para cumprir sua função sem danos, o resveratrol precisaria ser sintetizado e administrado separadamente.
O resveratrol, também encontrado em frutas vermelhas e no amendoim, tem sido apontado como um elixir capaz de combater muitas doenças, como câncer, artrite e até mesmo demência.