A sensação de tontura pode ter origem em causas diversas, incluindo doenças sérias, por isso, nas unidades de emergência, a vertigem deve ser investigada. Já é sabido que cerca de 50% dos casos estão relacionados a doenças de ouvido e outros 40% a doenças neurológicas.
“O diagnóstico diferencial é fundamental visto que cerca de 5% dos casos de vertigem aguda, associada a náuseas e vômitos, atendidos em pronto-socorro e ou unidades de emergência são decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame”, alerta Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista, otoneurologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
A especialista ainda explica que, ao contrário do que muitos pacientes imaginam, a tontura nem sempre está relacionada à labirintite. “A labirintite era bem mais frequente no passado, pela elevada incidência e prevalência de infecção de ouvido, cujas toxinas muitas vezes progrediam e acometiam o labirinto. Hoje em dia, com a evolução em pesquisas científicas e o surgimento dos antibióticos de última geração, este quadro clínico é bem menos visto na prática clínica corriqueira. Portanto, o termo mais correto a ser usado na atual realidade é Labirintopatia”, esclarece.
Entre as doenças relacionadas à tontura, ainda aparecem outras causas mais comuns. Veja algumas.
Outras causas da tontura
- Enxaqueca
- Diabetes
- Doenças da tireoide
- Colesterol alto
- Infecções de ouvido ou do nervo do labirinto
- Osteoporose
- TPM (tensão Pré-menstrual)
- Climatério
De acordo com o médico neurologista Saulo Nardy Nader, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, a tontura ainda pode ter uma relação estreita com emocional. Episódios de ansiedade, por exemplo, podem intensificar o problema que recebe o nome de tontura perceptual postural persistente ou vertigem fóbica.
Nesse caso, a pessoa pode se ter sensações confusas, de estar flutuando, com a cabeça grande ou pequena. Veja abaixo a explicação do médico: