O suicídio é hoje a segunda causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde o considera um problema de saúde pública. Não é para menos, já que 11 mil pessoas tiram a própria vida por ano no país. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa com 1.500 entrevistados, 48,73% afirmam que já pensaram se suicidar– aproximadamente uma a cada duas pessoas.
O estudo foi realizado em todo o Brasil pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, que também observou que o silêncio em torno do assunto ainda é grande.
De acordo com a pesquisa, deste percentual de pessoas, quase metade (45,46%) disse que não buscou ajuda para tirar os pensamentos da cabeça, mas outros disseram procuraram tratamento com psicólogos (21,83%), psiquiatras (20,83%) ou terapias alternativas (16,5%). Outros 19,92% reportaram ainda buscar a ajuda de amigos, e 14,09%, com a família.
Crédito: istockCampanha Setembro Amarelo defende que o diálogo é o melhor jeito de prevenir o suicídio
É preciso ficar atento aos sinais de que alguém está com um comportamento suicida. A depressão é uma das causas mais relacionadas à vontade de tirar a própria vida. A doença é de caráter crônico e pode apresentar-se em crises recorrentes. Desinteresse, redução das interações sociais e alterações do sono são alguns dos indicativos de algo não vai bem.
Para os entrevistados, são muitas as razões que levam as pessoas à depressão. Entre as principais, eles citaram: falta de perspectiva econômica e o desemprego; falta de expectativa de vida; confusão internada causada pelo excesso de informação; dúvidas existenciais ; cobranças familiares; conteúdo de filmes e séries;, rixas com amigos e familiares por motivos políticos e até mudanças climáticas.
O que fazer?
Se você estiver passando por um momento difícil ou enfrentando depressão, não hesite em buscar ajuda. Qualquer indivíduo em situação de crise pode ser atendido em um serviço da Rede de Atenção Psicossocial, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde. Veja abaixo o que pode te ajudar:
- Não tenha medo de falar abertamente sobre o assunto;
- procure apoio em sua rede de amigos ou familiares;
- Procure um CAPS (Centros de Atenção Psicossocial);
- Ligue no CVV – por meio do número 188 e fale sobre o que está sentindo. Os voluntários prestam apoio emocional, sob total sigilo. A ligação é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat.
Crédito: Arte Catraca LivreCVV – Ligue gratuitamente para 188
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