Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveram um biossensor capaz de diagnosticar câncer de próstata em apenas 1 hora e também detectar a pré-disposição para a doença muito antes do surgimento dos primeiros sintomas.
O exame, criado em parceria com o Hospital de Amor de Barretos e com a Embrapa Instrumentação, é bem menos invasivo, utiliza apenas uma gota de sangue ou a urina do paciente, com o custo de R$ 4 por teste.
De acordo com os pesquisadores, a tecnologia poderá, no futuro, eliminar a necessidade de toque retal e de biópsias nos estágios iniciais de diagnóstico. Hoje, o exame de toque retal é uma das principais ferramentas clínicas de avaliação e rastreamento do câncer de próstata.
Como funcionará o exame
O biossensor desenvolvido pela USP é composto por uma sonda de material genético, imobilizada em eletrodos de ouro, que detecta a presença do material genético complementar indicador do surgimento do câncer de próstata. Amostras de urina ou de sangue poderão ser gotejadas sobre o eletrodo e em cerca de uma hora é possível saber se o paciente possui aquele material genético em suas células. Desta forma, o paciente pode iniciar a prevenção da doença precocemente, anos antes de o câncer se manifestar, o que aumenta as chances de cura.
Câncer de próstata
O câncer de próstata é uma doença séria que ainda não recebe a devida atenção por parte da população masculina. Só para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), um homem morre vítima da doença a cada 38 minutos no Brasil.
Parte dessas mortes poderia ser evitada se os diagnósticos fossem realizados na fase inicial da doença. Quando o tumor é descoberto no começo, o risco de metástase é menor e as chances de cura chegam a 90%.
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