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Se tudo correr bem com os testes em voluntários, a vacina chinesa Coronavac pode ser liberada emergencialmente para uso na população no fim do ano. É o que disse nesta quarta-feira, 22, o médico infectologista Jean Gorinchteyn, novo secretário da Saúde do estado de São Paulo, em entrevista à GloboNews.
“Quando vivemos uma situação que nós chamamos pandêmica, que é uma epidemia em todos os continentes do mundo, nós passamos a ter uma necessidade emergencial da disponibilização de vacinas”, explicou.
Os testes com a Coronavac começaram ontem, 21, no Hospital das Clínicas, de São Paulo. Ao todo 9 mil pessoas participarão dos ensaios clínicos em 12 centros de pesquisas do país. Essa última fase de testes vai conferir a produção de anticorpos e a segurança do imunizante.
“Baseado nisso, se nos próximos 3 meses esse nível de anticorpos for elevado, e mais do que isso, mantiverem-se estabilizados, muito possivelmente os órgãos regulatórios como, por exemplo, a Anvisa, vai liberar de forma emergencial, e dessa forma, o primeiro grupo de pacientes já passaria a receber essa vacina. Talvez em dezembro mesmo ou possivelmente, muito possivelmente, já a partir de janeiro”, completou Gorinchteyn.
#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:
Testes na China
A Coronavac já foi submetida a testes em humanos na China. Ao todo, mais de 700 pessoas participaram das fases 1 e 2.
Agora, nessa última fase realizada no Brasil, espera-se verificar a eficácia, segurança e o potencial do medicamento para produção de imunidade contra a covid-19.
As pesquisas também serão realizadas na Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas de Fiocruz, no Rio de Janeiro, a Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
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